BA-VI: Vitória ganha o jogo e dinheiro

O BA-VI do próximo domingo, além da tradição
e rivalidade já habitual, terá motivação e ingrediente extra, pelo fato de ser o primeiro BA-VI após 10 anos, fato que só acontece pelos sete
anos do Bahia na divisão de acesso, além da festa natural que sempre envolve o
clássico em qualquer circunstância, o jogo pode elevar o Esporte Clube Vitória
para condição de líder da competição, isto se ao mesmo tempo em que vencer o
Bahia, o Coritiba fracasse contra o Santos e o Botafogo-RJ não aplique uma
goleada em cima do combalido Náutico, que este ano, resolveu chamar para si a
falta de vergonha. 

Um triunfo do Bahia, agora reforçado
com a ausência do deputado, significa a volta ao G4, provavelmente na quarta
posição com 15 pontos, soma que há trinta dias, se imaginado e revelado, seria entendido
como sopro-crônico de altas maluquices, claro, se não fosse pronunciado por
Binha em um lar lá no bairro de São Caetano. 

O jogo pela tabela original
deveria acontecer no Estádio Manoel Barradas Carneiro, com o Esporte Clube
Vitória exercendo seu direito de mando de campo, no entanto, prevendo prejuízo e admitindo que o Barradão é um equipamento inacessível para jogo de grande
apelo, optou pela Arena da Fonte, local que admite que, além de ganhar dinheiro,
pode bater e avacalhar o adversário sem dó ou piedade, ao mesmo tempo que pode somar outros e
novos três pontos, afinal desde Fevereiro de 2004, o Esporte Clube Vitória não
sabe o que é perder dentro da Fonte Nova, em uma sequência quase depravada de
11 jogos, com seis triunfos e cinco empates. 

Curiosamente o Esporte Clube
Bahia, no atual campeonato até então, tem sido um visitante pouco educado na
condição nominal de visitante, já que Aracaju, palco do jogo contra o
Botafogo-RJ, é um campo neutro, ainda assim, o tricolor jogando fora de casa, conquistou
8 pontos em 5 jogos e junto com o Flamengo, lideram a tabela de classificação,
quando observada apenas pelo aspecto visitante, seja real ou não. 

MAS, em contrapartida, o Bahia,
jogando dentro do seu reduto em Salvador, repete nesse início de Arena Fonte
Nova, o que acontecia no Estádio Metropolitano de Pituaçu, com desempenho estranhamente
ordinário e bem abaixo do esperado. 

Foram 4 derrotas e apenas 2 triunfos
em 8 jogos (33% de aproveitamento), fato que conduz o Esporte Clube Vitória, para
a condição de favorito para o clássico, mas no entanto, desta vez, sem o uso ou
o abuso das humilhações impostas em passado recente.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

Deixe seu comentário