Vitória sai da Arena com título garantido

Ninguém é tão Bahia assim, que seja capaz de negar que o
adversário de Domingo é superior e essa superioridade não é ocasional e, por
isto, o Vitória é muito além de favorito para vencer o Bahia em ambas as
partidas e conquistar o título com tranquilidade. 

O Bahia tem um dos piores
times dos últimos anos e somente graças a fórmula esdrúxula do Campeonato,
somada com os adversários amadores que enfrentou nos longos desde 9 jogos, foi
capaz de chegar às finais, ainda assim, com as calças bem abaixo dos joelhos. O
Bahia é um monte de jogadores correndo sem rumo, como disse ontem o deputado lá
de Juazeiro.

Já o jornal Correio da Bahia, em matéria publicada nesta
quarta-feira, também mostrou o favoritismo e até acredita até que o Leão pode acabar
o problema e levantar a taça de campeão já no próximo Domingo.  Veja.

A Fonte deu uma mudada, tá toda moderna conforme exige a
Fifa e só reabriu há um mês, mas não é de hoje que o Vitória vem se espalhando
todo por lá: o rubro-negro venceu os últimos cinco clássicos disputados no palco
do primeiro Ba-Vi decisivo do estadual, domingo, às 16h. 

Em maio de 2006, 1×0. Nos dois Ba-Vis do estadual 2007, os
últimos antes da reabertura,  4×2 e 6×5.
E este ano, bem fresquinho na memória, um chocolate de 5×1 e, depois, 2×1 há
duas semanas. Diante desse recente retrospecto, a Fonte é mesmo mando de campo
do Bahia? Com a resposta,  Victor Ramos.
“A Fonte Nova é do governo. Não é do Bahia nem do Vitória. Não tem favorito.
Vamos respeitando, mas para definir o título no primeiro jogo. A ideia é sair
com a mão no caneco”, projeta o zagueiro, presente nas vitórias deste ano. 

Neste Ba-Vi, o Bahia, mandante,  terá 90% da torcida a seu favor, diferente do
que aconteceu nos dois duelos deste ano, quando a propoção foi de 58% a 42% em
prol do time ‘da casa’.  Cada um mandou
um jogo. Situação diferente, porém incapaz de diminuir a confiança do zagueiro.
“Tem que ir pra cima como a gente tem feito contra o Bahia. Não tem essa
de  torcida. Não é porque é na  Fonte Nova que vai mudar. No primeiro jogo
também teve mais torcedor do Bahia e fomos superiores. Futebol é jogado nas
quatro linhas”, mantém a pegada ofensiva, digna de um camisa 9. 

Foco total na primeira partida até porque o zagueiro corre
risco de não jogar a segunda. O Tribunal de Justiça Desportiva marcou para dia
14 o novo julgamento devido a sua expulsão na derrota por 1×0 para o Botafogo,
também na Fonte. Punido inicialmente  com
quatro jogos, Victor cumpriu dois e só jogou contra a Juazeirense, domingo, devido
a um efeito suspensivo. “Fiquei sabendo agora no vestiário. Fiquei meio triste,
mas não vou pensar nisso agora. Pensar no primeio Ba-Vi.  O segundo, fica na mão do advogado do
clube”,  reafirma. 

Vantagem – Pelas palavras, 
dá pra perceber que o assunto na Toca do Leão é não se prender à vantagem
de dois empates, critério que acabou custando a perda do título para o tricolor
em 2012. “A gente viu ano passado. Jogar pelo empate é um passo muito bom. Mas
eu quero ganhar. Não vamos entrar pensando em empatar pra levantar o caneco.
Não existe essa de achar que é favorito por causa da vantagem”, decreta Victor
Ramos.
 

Sobre a zaga, o rubro-negro volta a utilizar a cozinha
titular após dois jogos. Na primeira partida da semifinal, contra a
Juazeirense, na goleada por 4×0, o camisa 3 esteve suspenso. Na volta, Gabriel
acabou cortado devido a um incômodo muscular, já superado. Fabrício volta para
o banco.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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