Torcedor do Bahia: passado e futuro

                             

O Vitória já é campeão. O tricolor baiano dificilmente conseguirá dar a volta por cima diante de um time infinitamente superior ao Bahia. O negativismo toma conta de mim, nunca mais me senti assim tão impotente frente a superioridade do rival para escrever uma coluna. O rubro-negro dos gloriosos desportistas baianos finalmente serão campeões por antecipação com uma nova goleada. É melhor não entrar nem em campo, dar o título para rubro-negro por wo.

Voltem-se tricolores para assistir o “homem de ferro 3” nos cinemas, deixem o tricolor dos Guimarães em seu DNA anti-democrático sozinhos na Arena Fonte Nova. Assim, o mundo saberá que a torcida do Bahia não tem time, ninguém nessa diretoria representa a torcida tricolor. Teremos sem sombra de dúvida o maior fato político envolvendo um clube de futebol de massa: conseguiremos deixar a diretoria exposta ao ridículo com seus patrocinadores.

“O Bahia é o time do povo” ficou no passado. O futebol é determinado por aspirações elitistas e vaidosas de clubes como o Vitória. Hoje, o clube com a marca mais valiosa do norte e nordeste! A visão futurista do tricolor esbarra na sensação para a torcida de que o passado é que era bom, mas o caminho seguro do que passou não foi o sentimento dos grandes empreendedores rubro-negros que souberam construir um clube que domina o cenário esportivo baiano.

O Bahia se apequenou diante do seu torcedor. Deixou o torcedor baiano apaixonado pela tradição do tricolor de aço com cara de bunda. Ele, o torcedor, é apenas macaco de auditório; serve para alguns ganharem dinheiro as custas de milhões iludidos com um passado glorioso. O Bahia seria melhor se não tivesse passado, identidade e uma forma tão única de torcer por um clube que ostenta o nome do nosso querido estado.

Não queria falar de títulos, isso é tudo passado. O Bahia morreu para mim! O que restou? Um semblante de torcedor triste e fonte da alegria dos rivais. Pois, sabendo de todas as desvantagens e incompetência estarei ligado no meu televisor e atento ao que acontecerá na Arena. Mesmo goleado, o Bahia será sempre mais eu que qualquer diretoria. O Bahia que eu amo não pertence a diretoria. 

Mas, torcedor tricolor, quem ainda acredita na nossa mística e que o futebol é uma caixinha de surpresas: o “já ganhou” é um trunfo. Vá ao estádio fazer a diferença para seu time. Afinal, ir a Arena é cultura da Bahia, embora a Fonte Nova seja um divertimento caro.

Deixo aos atores, aos tricolores em plena atividade histórica de implementar mudanças com mais responsabilidade com o que queremos desconstruir e construir pelo Bahia no futuro, isto por que para construir uma ponte para o futuro não precisamos acabar com o rio que alimenta nossa paixão, a sede de ver o tricolor vencer em campo e projetar um Bahia democrático substancialmente e nosso.

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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