Jaz o finado E.C.Bahia dos Guimarães

Os Náufragos depois de uma catástrofe brigam por salvar suas
vidas, são capazes em estado de necessidade de perder a própria humanidade
para virarem lobos atras de comida, devoram-se, não mais se identificam consigo
mesmo e sua cultura e é isso que o grupo que comanda o tricolor protagoniza
como espetáculo. Não há como terminar bem uma crise que começou com um projeto
de democratização do clube, mas que depois se inspirou no Titanic para com
garbo esquecer que o mar e as coisas simples como a palavra empenhada poderiam
conferir tranqüilidade à navegação com mais pilotos experimentes. 

O E.C.Bahia que ora naufragou na terceira competição segue
sem resgate, embora sinais de boa vontade estejam sendo emitidos por
personalidades publicas do Brasil e do nosso próprio Estado que desejam
devolver o Bahia a seus legítimos donos, sua torcida. Os únicos que se apegam
ao barco salva-vidas e desejam um alento com um resgate é a tripulação
sobrevivente que sofre ainda nas mãos de autocratas que não viram que apesar de
serem culpados não serão jogados aos tubarões. Tão somente o resgate pede que
abandonem o barco e sigam para sua ilha onde podem insular-se com projetos
outros. 

A torcida do Bahia está revoltada e a demora da renúncia dos
responsáveis por esse estado de coisas só faz prejudicar ainda mais a sua
própria situação. Todos conhecem a inteligente torcida tricolor, a sua mística
de combate pelos meios mais dignos, não obstante tem o torcedor tricolor dentre
muitos pacíficos aqueles mais exaltados, que podem pedir a cabeça do presidente
como um prato servido com sardinhas para serem divididas junto à torcida do
rival num momento em que o povo baiano poderá digerir um momento único em que o
Bahia dos “Oliveira Guimaraes” serão servidos como banquete no
estádio que outrora esnobaram em 1999. 

Inédita pode ser uma 4ª humilhante goleada numa decisão de
campeonato contra seu maior rival que demostra sede de vingança. O Bahia de
Marcelo Guimarães Filho assim poderá sair do Barradão para a final do baiano e
de suas carreiras de aventureiros num negócio que não comporta seus amadores
métodos. Podem ser enxotados ineditamente também pela torcida depois do BaVi.
Sem qualquer dilema moral nesse momento de consternação o navio de Marcelo
Guimarães e seu grupo deverã afundar para sempre no meio do mar da península
itapagipana. Então, o navegador verá suas carcaças  como símbolo de apego ao poder e amarrados no
próprio corpo o símbolo inclemente da vingança e torcida tricolor.

Maurício Guimarães

FOTO – Borega 

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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