Hoje, acordei e pedi um misto quente, mandei a moça do hotel colocar na bandeja um pano vermelho e preto para combinar com o momento. Ela, coitada, não entendeu minha tara por misto quente, pensou que eu queria fazer alguma coisa bizarra, talvez uma louvação, um fetiche. O fato foi que eu comi o misto quente com gosto, como se Cláudio Adão fosse o cozinheiro e os jogadores do Mixto fossem os bravos valentes que eu queria no último BaxVi.
Mas, não guardei mágoa com os conterrâneos rubro-negros pelo o último BaxVi. Sei que viveram uma breve e bonita ilusão domingo passado, e que a sorte de ter um Bahia pouco combativo só faltou combinarem com Neto, o lateral do Bahia. Mas, minha vingança veio em alto e bom som: MIXTO-MT! Vocês não sabem, mas o Mixto-MT foi um dos grandes times brasileiros de décadas passadas, foi Campeão brasileiro e ostenta uma tradição de fazer inveja a muito time centenário que não conseguiu título brasileiro algum.
Mas, voltando para o brioso jogo de ontem, quando vimos o “Real Madrid” da Bahia ser devorado pela sanduicheira de Claudio Adão, rememoro grandes jogos de Claudio Adão ainda na década de 80 pelo Bahia, sentenciando o rubro-negro seguidas vezes para seu cadafalso. Era como ouvisse o choro rubro-negro intermitente em lágrimas que encheram o dique do Tororó na grande seca de títulos do “Vice” na década de 80. Aliás, conta-se que os jogadores do “Barcelona” da Bahia, o atual vice-campeão baiano, pediram para a máquina tricolor de Bobô e Zé Carlos pararem de fazer gols em plena partida rolando.
Claudio Adão me trouxe memórias boas, estou certo que para todo torcedor tricolor. Adão que podia voltar ao Bahia para dar uma palestra para estes atuais jogadores do tricolor para saberem o que é jogar no Bahia. Certamente, Adão falaria muito mais que qualquer torcedor fanático como eu, falaria com lágrimas de suor e talento o amor que lhe devotavam das arquibancadas e que soube retribuir em gols, muitos gols, para a felicidade da nação tricolor.