Bahia acumulou déficit de R$ 28,5 milhões

Se no futebol, o executivo do
clube fosse, de fato, cobrado pelos prejuízos causados à instituição, Paulo
Angione estaria desempregado. Com o atacante Fernandão, recentemente contratado,
o Bahia chega à marca dos 100 atletas trazidos no período Paulo Angione e, na
lista, encontram-se jogadores que não tiveram nenhuma utilidade, mas que, no
entanto, consumiram recursos do clube. 

Alguns exemplos são Boiadeiro,
Gil Bahia, Gerley, boliviano Luiz Gutiérrez, Romário. Val, Victor Ramos, Felipe, Renan Silva Aleílson, Cacá,  Everton, Edson Barbosa, Robert,  Grampola, Reis, Mancini, Kléberson, Cláudio Pitbull,
Diego Varejão, Elias, Denílson, Fernando Welligton, Rafael
Jataí, Mosquera, Diego Santos, Magno, Bruno Paulo, Leandro Bonfim, Tressor
Moreno, Pedro Beda, entre outros imprestavéis.  Os
jornalistas Marcelo Sant’Ana e Miro Palma,
do Correio, traz detalhes e números destas contratações, e em boa parte
fracassadas.

O gestor de futebol Paulo Angioni
montou nove times em três anos trabalhando no Bahia. Com o atacante Fernandão,
que vai ser apresentado hoje, 100 jogadores 
foram contratados pelo dirigente, que chegou em abril de 2010. 

No período, os custos da
“atividade futebol” superaram os R$ 100 milhões, segundo os boletins
financeiros de 2010, 2011 e 2012. O valor equivale a 75% de todas as despesas
do Bahia nos últimos três anos – o balanço também discrimina custos com
marketing, administrativo, sede de praia e divisão de base. 

Na balança entre receitas e
despesas, o Bahia tem déficit acumulado de R$ 28,5 milhões nos últimos três
anos. Foram cerca de R$ 10 milhões em 2010, depois R$ 18,5 milhões em 2011 e
mais R$ 2 milhões no exercício passado – quando os clubes negociaram aumento
significativo na receita de TV. As contas de 2012 serão apresentas aos sócios
hoje, em assembleia geral, às 18h30, no hotel Mar Azul, na Barra. 

As despesas do futebol incluem o
pagamento de luvas e as rescisões de contrato, as viagens e o pagamento de
jogadores, comissão técnica e funcionários. A folha da bola está em R$ 2,5
milhões/mês. 

O Bahia só trabalha com futebol
profissional e base – no máximo, dá apoio institucional a outros esportes.
Assim, o futebol conquista receitas com contratos de TV, patrocinadores,
programa de ingressos, premiações ou venda de atletas, mas também responde pelo
crescimento da dívida.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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