Prejuízo do Bahia ( FS) é de R$ 500 mil

O Bahia de Feira, neste momento, é o
único representante feirense no Campeonato Baiano, já que obteve a
terceira colocação na classificação geral da 1ª fase e segue vivo,  brigando para conquistar o seu segundo título estadual na história.
Apesar disso, o prejuízo financeiro beira os R$ 500 mil e ainda não se
tem qualquer perspectiva de retorno, em termos de patrocínios. Esta
situação levou o presidente do Conselho Deliberativo do Bahia de Feira,
Jodilton Souza, a externar publicamente a sua insatisfação na imprensa
baiana.

De acordo com o dirigente, o Bahia de Feira jamais foi a favor do modelo
de disputa da competição. “É uma fórmula esdrúxula, onde a Federação
Bahiana de Futebol conseguiu a proeza de ‘armar um ringue’ e colocou os
clubes do interior para se degladiarem. Esta fase foi uma guerra e
felizmente nós passamos. Porém clubes tradicionais como o Fluminense e o
Atlético de Alagoinhas caíram para a 2ª divisão e isso nos deixou
profundamente tristes porque já não temos representatividade mais ativa e
perdendo duas forças aí que fica mais complicado”, comenta.

Jodilton não se fez de rogado e disparou contra a FBF. “Esta fórmula foi
feita pensando somente em Bahia e Vitória porque eles tinham que entrar
na 2ª fase e não ‘ralar’ como os outros. Aí pergunto: se Bahia e
Vitória não estivessem na Copa Nordeste a fórmula seria esta? É lógico
que não, pois tudo aqui é feito em prol dos grandes enquanto os pequenos
vão morrendo: foi o Colo-Colo, Itabuna e agora o Fluminense e o
Atlético, clubes de tradição que representam grandes cidades”, afirma.

O dirigente disse que outro problema é a indefinição em relação a
valores referentes a verbas de patrocínios. “Não há clareza por parte da
Federação, os clubes gastam, investem e retorno que é bom nada. Outra
coisa: como é que se faz um contrato com a TV e não se consulta os
clubes? Nós já recebemos o ‘prato feito’, a forma como se acontecem as
transmissões não foi discutida, não se fala em compensação para
prejuízos com transmissão direta dos jogos e sem falar que até o momento
não temos projeção de nada em termos financeiros”, desabafa.

Jodilton Souza observa que da forma como se encontra a situação, tudo
deve ser repensado. “Aqui na Bahia se faz as coisas de forma aleatória,
ou seja, não se pensa em nada. Agora, por exemplo, os clubes que
classificaram profissionais e juniores podem enfrentar problemas porque
as equipes de uma categoria não são as mesmas da outra e aí vamos ter
dificuldades porque terá uma rodada em que o nosso time profissional
jogará em Juazeiro e o nosso Sub-20 em Conquista. Já pensou, o quanto
isso vai nos custar? Ninguém pensa em nada e depois ficam se queixando
dos prejuízos”, analisa.

A insatisfação, segundo Jodilton Souza, é da maior parte dos clubes.
“Infelizmente tem muitos dirigentes que só pensam em seus times e não
pensam no todo. Já tem alguns que estão repensando a sua participação no
futebol e sinceramente eu também estou repensando porque da forma que
está não pode continuar”, diz Jodilton Souza.

Por/Ed Santos

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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