Muitas mulheres, como muitas outras, não entendem por que comemorar o dia de hoje, 8 de março, numa homenagem ao gênero feminino. Talvez, pense que todos os direitos da mulher foram já garantidos, ou quem sabe imaginam não significar nada esse dia em razão da necessidade de todos os dias serem dias da mulher. Confesso que admiro o ponto de vista de quem vive a cada dia com garra e bravura, o sabor de cada dia, e a cada conquista se eleve aos céus e diga: eu sou mulher com “M” maiúsculo.
Todavia, o dia de amanhã tem um simbolismo além das conquistas individuais. O dia de amanhã refere-se a luta conjunta de milhões que brigam para conquistar direitos contra a dispensa arbitrária em face de uma gravidez, ou mesmo a necessidade de garantias de não serem expostas a condições indignas de trabalho em ambientes machistas e não serem reconhecidas com o mesmo salário que o homem. Ontem mulheres foram queimadas vivas em uma fábrica por uma justa greve, hoje muitas continuam a serem vitimas de todo o tipo de exploração com requintes de brutalidade inimagináveis noutros tempos.
Viva a mulher, viva as meninas de ontem, mulheres bravas de hoje!