Contratados pelo Bahia não deram certo!

O Bahia, nas últimas duas temporadas, optou por contratar jogadores conhecidos e muitos deles caros, mas que, no entanto, estavam largados nos seus clubes de origem sem chance no time titular, como Zé Roberto, que era acusado no Internacional de atuar mal até quando estava sentado no banco de reservas e quando contratado pelo Bahia, foi motivo de comemoração da torcida colorada. Mancini vivia no Atlético-MG situação parecida, não deram certo no Bahia. Ciro e Kléberson seguem na mesma linha. 

O jornalista Miro Palmas do Correio, trata do assunto em uma matéria que talvez explique um dos motivos pelas dificuldades do Bahia.

Eles foram contratados para resolver os problemas do Bahia.  Vitoriosos e reconhecidos internacionalmente, Kléberson, Zé Roberto e Mancini ainda não engrenaram com a camisa tricolor e, restando somente seis rodadas para o fim do Brasileiro, não dão muitas esperanças ao torcedor.

Três pontos acima da zona do rebaixamento, a equipe do técnico Jorginho luta pra permanecer na Série A. A principal prova da falta de rendimento dos ‘medalhões’ pode ser explicada pelas últimas escalações. Jogadores como Jones, Elias, Lulinha e Rafael, questionados por parte da torcida, tornaram-se presenças constantes entre os titulares. 

Mancini, por exemplo, contratado junto ao Atlético Mineiro e com passagens por clubes europeus como Roma, Inter de Milão e Milan, só atuou em 15 das 32 rodadas do campeonato, sendo 11 como titular. Nesse período, marcou um gol e deu uma assistência. 

Procurado pela reportagem para se pronunciar sobre o assunto, o gestor de futebol, Paulo Angioni, só topou falar através da assessoria de imprensa. Para o dirigente, esses atletas ajudaram o Bahia em algum momento da competição. 

“Os jogadores experientes são muito importantes, principalmente no momento da dificuldade. Eles fazem parte do grupo e já deram contribuições para equipe no campeonato”, avalia Angioni. 

A chegada de Kléberson no Fazendão foi vista com bons olhos por torcida e imprensa, mas, depois de 16 partidas, o meia ainda não conseguiu encaixar uma grande sequência de jogos. Titular nas últimas três rodadas, está bem longe de lembrar o jogador pentacampeão mundial em 2002. 

Vinculado ao clube até dezembro de 2014, o meia de 33 anos ainda dá esperanças ao torcedor de que pode se recuperar. Até agora, marcou dois gols e deu três assistências.

Custo 

O caso mais intrigante é o do meia-atacante Zé Roberto. Ao contrário dos outros dois, foi contratado no início da temporada e, após 37 jogos, ainda não conseguiu balançar as redes adversárias. Das 18 partidas que fez como titular nesse Brasileiro, Zé Roberto foi substituído em 14. 

Longe da forma física ideal, perdeu a vaga entre os 11 titulares na rodada passada. “Em campeonato longo como esse, muitos já tiveram oportunidade, mas o técnico Jorginho encontrou uma equipe base, que vinha fazendo um bom segundo turno. Fica difícil fazer grandes mudanças agora”, diz o gestor Paulo Angioni. 

Não bastasse a falta de produtividade dos jogadores, os três integram o grupo dos atletas com os maiores salários do elenco. O clube não confirma, mas, de acordo com informações de pessoas ligadas à diretoria, Kléberson, Mancini e Zé Roberto custam aproximadamente R$ 450 mil aos cofres do clube por mês. 

Além deles, jogadores como Marcelo Lomba, Titi e Souza também encabeçam a lista dos altos salários. Estes, porém, são bem vistos pelos torcedores e correspondem dentro de campo. Outros ‘jogadores de nome’ como Ciro, Coelho e Cláudio Pitbull até agora não renderam o esperado. O tempo está acabando…

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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