E.C. Vitória: Raimundo Queiróz abre o jogo

O vento sopra a favor do Vitória. Depois da frustrante Série B 2011 e do vice-campeonato baiano deste ano, o clube vai curando suas feridas com a melhor campanha da história da Segundona desde a época dos pontos corridos. O Rubro-negro fechou o primeiro turno com 44 pontos, aproveitamente recorde de 77.2%, e caminha a passos largos rumo à primeira divisão do Brasileiro.

Um dos responsáveis pela boa campanha do Leão é o diretor de futebol Raimundo Queiróz. Em entrevista ao iBahia Esportes, ele diz que convenceu o presidente Alexi Portela a contratar Carpegiani e refuta comentários sobre um suposto nível técnico fraco da Série B este ano. Por fim, ele destaca o importante papel desempenhado pela torcida rubro-negra na atual campanha do time, que venceu 14 dos 19 jogos disputados até agora.

Qual foi o planejamento para a montagem do atual elenco?

Temos dois pontos interessantes. Um é a manutenção das peças existentes, atletas de qualidade que foram contratados anteriormente. Outro são os atletas da base e também a forma de contratar, bastante cautelosa, observante. Hoje nós temos um grupo muito bom, completo. A forma de trabalho é contínua. Natural, normal. Fazendo da forma que tem que ser feita. Na verdade, tem muito a acrescentar, principalmente na segunda fase.

Por aí, se comenta que o nível da Série B 2012 está fraco. Daí o desempenho do Vitória.

Se você analisar bem, a competitividade traz igualdade. Se você pegar o 16º até o 6º, são dez posições, está muito embolado. Se você pegar do 6º até o 3º, também está embolado. O primeiro e o segundo abriram dos demais. A competição existe e continua existindo. Ano passado, a Portuguesa, que foi campeã, fechou o primeiro turno com 38 pontos. Nada diferente dos que estão aí hoje. Ano passado a Portuguesa abriu em relação aos demais, foi o único que abriu. Fechamos o primeiro turno com 44 e isso é mérito do Vitória e ninguém pode tirar. Se tivesse todo mundo com a pontuação alta, tudo bem. Mas todo mundo está na mesma média. Só o Criciúma e o Vitória abriram dos demais. E uma diferença menor do campeão do ano passado.

Há um equilíbrio então?

Eu vejo um equilíbrio. Se você analisar bem, até as oitavas da Copa do Brasil nós tínhamos três (Atlético-PR, Goiás e Vitória) clubes da Série B. São equipes que se equivalem. Poderia ser fraqueza da competição? Acho que não. O Vitória se estruturou e fez uma boa campanha.
Qual sua avaliação do trabalho de Carpegiani?

Excelente, muito boa. À altura do que a gente esperava. Pelo menos eu esperava, tinha certeza disso. Passei para o presidente que tínhamos que fazer todo o esforço para trazer o Carpegiani. Mas não é só ele. Tem também o bom trabalho da comissão técnica, de Ricardo Silva, Ednilson Sena, todos eles comandados pelo Carpegiani. O trabalho deles tem sido muito importante para o engradecimento do trabalho de Carpegiani.

E a presença da torcida? Tem correspondido as expectativas da direção?

Torcedor do Vitória tem mostrado uma grandeza enorme em comparecer, mesmo com as dificuldades. É uma importância muito grande. O esforço que estamos fazendo é para agradar a torcida. Ele entusiasma os dirigentes, os jogadores. Temos que ressaltar isso. Nossa grande pretensão é o acesso e depois é ganhar o título. Tudo isso é para eles.

A maioria dos titulares tem contrato até o final do ano. Já há conversas sobre renovação?

É muito cedo para falar em renovação. Esses assuntos a gente nunca para de pensar, fazer análise, mas não são providências para este momento. Mas a gente está vendo caso a caso. O Nino, por exemplo, teve o contrato renovado. Mais à frente vamos rever algumas situações.
O elenco está fechado?

Não. Você não fecha elenco enquanto não fechar inscrição. Mas estou me dando por satisfeito com o elenco, com quantidade e qualidade. Mas não posso dizer que nada vai acontecer.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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