Atitude, movimentação e marcação. Foi o que Ricardo Silva pediu aos jogadores do Vitória. Pela nona vez, a oitava como interino – foi titular em 2010 e ganhou os dois últimos títulos do clube, o baiano e da Copa do Nordeste, além de ter sido vice-campeão da Copa do Brasil – Ricardo assume o rubro-negro.
Desta vez, ele substitui ao amigo Toninho Cerezo, desligado na quinta-feira, após o time empatar em 1 a 1 com o Vitória da Conquista, no Barradão. Ricardo não faz segredo e confirma: o time será o que iniciou o jogo passado.
“O que precisa melhorar mais é a nossa atitude. Precisamos ser mais decisivos em alguns lances e cautelosos em outros. Como se diz na gíria do futebol: a gente precisa ser um pouco mais malandro. Falar dentro de campo, cobrar um do outro, orientar, porque só assim a gente pode conseguir uma vitória em Juazeiro”, acrescenta.
Nesta sexta-feira da Paixão, sob o sol muito forte, Ricardo comandou um coletivo em campo reduzido. Depois, entregou ao supervisor Mário Silva a relação dos jogadores para a partida em Juazeiro, e a novidade é a inclusão de Tartá. Por coincidência, Tartá teve uma única chance com Cerezo – depois se machucou – no Estádio Adauto Morais, em Juazeiro, contra o Juazeirense.
Assumir mais uma vez o comando do time não assusta Ricardo. No Vitória desde 2009, quando chegou para ser um dos assistentes de Vagner Mancini, o interino está tranqüilo.
“Eu treino o Vitória sempre como se fosse meu último dia. Então eu treino com alegria, satisfação e com prazer de estar trabalhando em uma grande equipe, que tem uma imensa torcida que cada dia cresce. Vou trabalhar com tranqüilidade”.
Os jogadores relacionados para a viagem voltam a treinar neste sábado de Aleluia, às 9 horas, e às 16 horas será o voo para Petrolina. De ônibus, o time atravessa a ponte Presidente Dutra sobre o Rio São Francisco, que separa a cidade pernambucana e a de Juazeiro, no Norte do Estado baiano.
Para descansar porque sofreu um trauma no pé, o zagueiro Dankler não treinou nesta sexta-feira. Além do coletivo com duração de 20 minutos, Ricardo e o assistente Flávio Tanajura treinaram finalização com os jogadores que não iniciarão a partida.