O inesquecível 15/ 2 – Juazeiro 1×4 Bahia

Dia 15 de fevereiro. Vesti minha camisa Tricolor e sai correndo de casa pra encontrar meu pai e meu tio na casa de minha vó. Subimos a Junqueira Ayres e fomos andando até a Fonte Nova. Confusão na entrada, mas meu pai e tio eram policiais e a gente entrava por outro portão, do lado oposto ao Balbininho. Lá dentro, um estádio lotado, com menos gente do que no jogo passado, mas fazendo a Velha Fonte tremer. Depois de mais uma virada pelo mesmo placar do jogo contra o Fluminense, e com um gol de cabeça de Bobô, também parecido com o do jogo anterior, subimos a Ladeira da Fonte, com churrasquinho de gato em punho, e a conversa era uma só: vamos ser campeões lá no Beira-Rio, essa porra! Mas o jogo de volta fica pra resenha do dia 19/ 2/ 2012.



23 anos depois…

De volta a 2012, o Bahia enfrenta o Juazeiro e o Estádio Adauto Moraes. O gramado consegue ser pior que o Campo do Peão, nos Barris, na saída da Lapa, onde pego bába às 5h da manhã aos sábados. A bola não rola nem por dois segundos sequer. Só quica igual a um rato fugindo do gato. Mas quem quer ser Campeão Baiano não tem o direito de escolher gramado. 

Em campo um Bahia com uma formação ofensiva. Com dois zagueirões, dois laterais de ofício, dois bons volantes marcadores, dois meias de criação, dois brocadores na frente. Ou seja, sem improvisos e sem medo. Um time que se impôs do início ao fim (do primeiro tempo).

Triangulações bem feitas, mudanças de posicionamentos muito rápidas, esquema tático bem definido e uma postura em campo de quem veio pra ser campeão. Enfim, mostrou o porquê é favorito ao título desde o início do ano.

Toca o telefone e meu pai diz: “cheguei agora em casa pra ver o jogo e…”  Goooooool de Souza! Destaque para o cruzamento milimétrico de Moraes e a cabeçada certeira do Caveira brocou.

Segue o jogo e Souza faz o papel de lateral esquerdo, toca para Fahel (volante ) que fez papel de meia e deu uma assistência “a lá Falcão” para o Gabriel (meia), que fez um gol de atacante. 

Destaque para Junior (atacante) nesse gol. Depois do “corte seco” de Gabriel no goleiro do Juazeiro, Junior fez uma parede importante pra evitar que os zagueiros chegassem na bola. Vocês viram?

No terceiro, Gabriel lança de primeira pra Coelho fazer a assistência e deixar Junior cabecear debaixo da trave.

Toca o telefone de novo. Dessa vez, meu amigo João Pedro Penna, de 10 anos, grita de lá do Pero Vaz:  “Bora Baêa, Erick. Pô, 3 a 0. A gente tá brocando”. E respondi: “é, e lá vai outro”. Ainda no telefone, Junior encontra Souza na pequena área. Zagueiro fura e o Caveira fecha a conta do primeiro tempo. E tome grito de gol pelo telefone…

Pergunta: Quando foi a última vez que o Bahia fez quatro gols em 45 minutos e não tomou nenhum? Alguém lembra?

Segundo tempo e Falcão usou o resto do jogo como treino. Colocou Zé Roberto pra pegar ritmo de jogo e descansar Souza. Ciro pra não perder o ritmo e Magno pra descansar Gabriel. Aí, o técnico Tricolor passou a treinar a defesa. Só deu Juá na segunda etapa. O juiz errou, marcou falta inexistente e tomamos um golaço do Juazeiro, com uma ajuda de Omar. Fim de papo.


Bora Baêa Minha Porra! Gostei do meu time. Ao menos no primeiro-tempo. Começamos a ganhar e jogar bem. O time do Juazeiro foi mais valente que aquele do último jogo, mas pagou caro por isso.  Agora é relaxar e curtir o carnaval. Mas domingo eu completo a resenha do BiCampeonato. Saudações Tricolores.

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

Deixe seu comentário