Liminar na calada da noite não é surpresa na Bahia

A ação da oposição ganhou o noticiário da imprensa nacional e está correndo o Brasil as ilegalidades com que os mandriões do Bahia tratam quem não é da patota deles. Desembargador investigado e ação ilegal de direção do Bahia fartamente provada pela imprensa mais investigativa ganham espaço nessa matéria do sítio do globoesporte, confira!

Os grupos de oposição à atual gestão administrativa do Bahia lamentaram a cassação da liminar que suspendeu as eleições no clube. Representante do grupo Movimento Unidade Tricolor, o conselheiro Nestor Mendes Júnior afirmou que o desembargador que derrubou a liminar sequer teve tempo hábil para analisar o pleito.

– Consideramos a cassação um absurdo. Uma excrescência feita na madrugada. É uma decisão que vai contra os princípios do Judiciário. Não tinha nem tempo hábil para essa decisão. Você pode ver que há embasamento na nossa liminar, mas não há nenhum fundamento na cassação. É um abuso jurídico feito por um desembargador que está sendo investigado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) por essas práticas – acusou Mendes Júnior.

Representante do grupo Revolução Tricolor, o conselheiro Mário Júnior também questiona a decisão do desembargador Gesivaldo Brito e aponta irregularidades no pleito.

– O mérito da ação não foi julgado. Além disso, temos conhecimento de irregularidades na eleição. O Newton Motta (diretor das divisões de base), por exemplo, não poderia votar, porque o parágrafo 17 do estatuto diz que, no caso de um conselheiro ter cargo na diretoria, ele fica impedido de participar do conselho. Essa é só mais uma. Agora vamos esperar o julgamento da questão – disse

Na terça-feira, a oposição comemorou a vitória parcial e divulgou uma nota na qual afirma que a intenção da medida era obter o “direito de poder escolher o presidente do clube de forma democrática, transparente e legal”. O grupo ainda desafiou a atual gestão a provar a legalidade do atual conselho deliberativo.

– Os 300 conselheiros aptos para escolher o presidente do Bahia são inaptos, porque nunca foram candidatos e nunca foram eleitos para o Conselho Deliberativo. Desafiamos a direção do Bahia a mostrar uma ata sequer destas eleições ocorridas em março de 2009. O que a Justiça disse nesta terça-feira é que Marcelo Guimarães Filho é o presidente do Bahia, mas não é o seu dono – diz a nota.

Agora, a oposição tenta derrubar a cassação e fazer valer o efeito da ação que pede intervenção no clube. O julgamento deve ocorrer nos próximos 15 dias, e um desembargador será sorteado pelo Tribunal de Justiça para apreciar o caso.

Nesta quarta-feira, a eleição foi reiniciada. Até às 14h de terça, quando a liminar suspendeu o pleito, 201 dos 300 conselheiros já tinham votado. Marcelo Guimarães Filho é candidato em chapa única e será empossado nesta quarta-feira, logo após o término da votação.

Procurado pela reportagem do GLOBOESPORTE.COM, o presidente Marcelo Guimarães não atendeu às ligações.

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

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