Foi mais um longo ano, cruel, humilhante e desgastante como muitos outros na história de milhares de times de futebol deste país e do mundo. Mas para o Vitória é sempre diferente, e 2011 entrou para a história dos 112 anos de fundação do clube como um exemplo de incompetência, desorganização e irracionalidade, de derrotas absurdas e inexplicáveis passadas de competições para competições, humilhando uma torcida que foi fiel e paciente, e que não merecia terminar esta temporada nestas condições. Confira, matéria da Tribuna da Bahia
O Vitória, com uma folha superior a R$ 1,2 milhão, foi eliminado na primeira fase da Copa do Brasil pelo Botafogo da Paraíba, com um time que não chegava a 30% da sua folha do Departamento de Futebol.
Continuou no Campeonato Baiano. Pela segunda vez, em casa, negou à sua torcida, diante de um público de quase 40 mil pessoas, o título inédito no clube de pentacampeão baiano, perdendo de 2 a 1 para o modesto e estreante Bahia de Feira de Santana, quando jogava as finais com a vantagem do empate, e na decisão abriu o placar, fazendo 1 a 0 no Barradão.
Na disputa da 2ª Divisão, como uma cópia boquirrota, amassada e esdrúxula da incompetência do Campeonato Baiano, passando a sensação de nada foi feito, e que seus dirigentes assistiram a tragédia de braços cruzados, o Vitória fazer 1 a 0 sobre o São Caetano, e em cinco minutos finais, outra vez diante de quase 40 mil torcedores, dentro de casa, perder o jogo de virada, por 2 a 1, e entregar para o Sport de Recife a vaga para a 1ª Divisão do Brasileiro de 2012.
O único “acerto” que esta diretoria teve ao longo de 2012, foi na sua campanha de marketing: “Boté fé, o Leão vai subir”. Acertaram os dirigentes do Vitória, só não disseram que se tratava de outro clube, que não se tratava do Leão baiano, e sim o Leão rubro-negro de Pernambuco, o Sport de Recife, que eles literalmente ajudaram a subir.