Bahêa é coisa de cinema !!!

Bahia e Avaí foi um jogo para ficar na história do cinema. Uma partida que misturou quase todos os gêneros cinematográficos em apenas 1:30min. E com a graça dos deuses da 7ª arte, será um longa-metragem para dar origem a série de felicidades da Torcida Tricolor.

Houve de tudo. Antes das cortinas se abrirem, um trailer maravilhoso. O amor estava no ar, com a Torcida Ouro do Brasil dando a trilha sonora da noite, digna de um Enio Morricone. O Hino do Bahia cantado como num mantra era de arrepiar, minutos antes dos artistas entrarem em cena. E entram os 22 atores para o espetáculo da noite. Mais música. O Hino Nacional entoado pelos espectadores, ao som das batidas da percussão encantava o mais duro dos mortais. Afinal, os brutos também amam.

Apita o árbitro e começa o filme. Que filme!

Tudo parecia caminhar para mais uma história de amor, um romance rasgado, a lá Leonardo di Caprio e Kate Winslet, entre um time e a sua torcida. Mas entre os nossos mocinhos, um time queria posar de vilão. E quase o Titanic afunda.

O Bahia entrou irreconhecível. Camacho na criação, não criava e a bola não chegava “limpa” na frente. Júnior e Jones, por sua vez, erravam quase tudo e a torcida irritada, já ensaiava as vaias do segundo tempo para os dois. Mas o jogo corria sem muitos sustos, a não ser por uma defesa incrível de Lomba, cara a cara com o atacante avaiano.

O enredo deixava de ser romance e como num filme de Hitcock, virou um suspense de roer as unhas durante todo o primeiro tempo. Até o Gladiador Paulo Miranda insistir numa bola quase perdida e tocar para Júnior. O Diabo Loiro, que parecia querer levar a torcida ao inferno, marca de virada e explode a emoção na sala de projeção. Bahia 1 a 0, bandeirão gigantesco da BAMOR (que torcida maravilhosa), festa e o grito clássico dos amores cinematográfico: Bora Bahêa Minha… Vida!

Continua

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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