Que vergonha Marcelo Guimarães Filho

Ao assumir a gestão do Esporte Clube Bahia, a mando do seu pai, um ex-presidente de péssima passagem à frente do Esquadrão de Aço, o Sr. MGF prometeu mudanças profundas, reformas dos Estatutos, as tão sonhadas e clamadas eleições diretas com voto dos sócios na escolha do presidente do clube, associação em massa, transparência nas contas, abertura e profissionalização de todos os setores do clube. Tudo isso estava “garantido“ que seria implementado no triênio 2008/2011.

Como era Deputado Federal e por consequência não teria tempo para gerir o clube, MGF foi buscar no rival rubro-negro um seu ex-presidente com vários mandatos, Paulo Carneiro, para gerir a principal área do clube, o futebol, além do marketing. Absurdo? Impossível? Mas, foi exatamente isso o que aconteceu para revolta e decepção da maioria dos torcedores tricolores. O inimigo foi contratado e a peso de ouro.

O atual Presidente, filho do dono do Clube – que conseguiu 100% do poder do “feudo tricolor” escorraçando aquele que se auto-intitulava “O PRESIDENTE ETERNO“ e que comandou junto com eles o clube durante 30 anos – logo no início do seu mandato imaginou que criando fatos midiáticos conseguiria ofuscar sua inaptidão e incompetência para gerir o Bahia. Assim foi feito em vários episódios, até que Paulo Carneiro teve que sair, mas os factóides midiáticos continuaram.

Se não conseguiam ganhar nem um pobre e fraco campeonato baiano, fracasso que há 10 anos os donos do “feudo tricolor“ repetem, passaram a utilizar como estratégia de desvio de foco alguns eventos midiáticos, como a mal contada história da desapropriação da Sede de Praia, “arrumada“ com a Prefeitura, o novo CT que sequer começou e contratações de jogadores superados, veteranos e polêmicos. Para eles, o importante é o foco da mídia que traziam. Até mesmo com alguns dos treinadores contratados o fator que importava era “a mídia que ele poderia trazer ao Bahia“.

Após ter fracassado em 2 campeonatos baianos, finalmente em 2010 conseguiu uma de suas OBRIGAÇÕES, como presidente de um clube do porte do Bahia: retornar à série A do futebol brasileiro.

Ao invés de pedir desculpas à torcida tricolor, pois o SEU GRUPO juntamente com o do chamado ETERNO Presidente, conseguiu a proeza de deixar o Bahia por 7 anos penando nas séries B e C (2 anos), manchando a história de glórias do clube, o Presidente Midiático arrumou uma festança com trios elétricos e tudo para “comemorar “ um 3º lugar na série B e a volta à série A. É explorar demais o pobre do torcedor tricolor, pois ele não fez mais que sua OBRIGAÇÃO.

O Esporte Clube Bahia fez 80 anos no dia 01/01/2011 e sua TORCIDA DE OURO mereceria ter comemorações à altura das tradições de um clube bi-campeão brasileiro e PRIMEIRO CAMPEÃO DO BRASIL. Além disso, ele havia prometido eventos comemorativos e nada tinha feito. Porém, devido às cobranças do Programa da Oposição Tricolor – TRIBUNA DO BAHIA – exibido todos os domingos das 11:00 às 12:00 na Rádio Metrópole FM, enfim resolveu, com 8 meses de atraso, fazer alguns eventos comemorativos pelos 80 anos do clube. Mas, excluiu o torcedor tricolor e até mesmo o sócio do Bahia.

Fez eventos fechados para seus amigos e, claro, “midiáticos“, chamando alguns ex-jogadores, mas sem evitar o grande fiasco de não ter presente à “festa dos 80 anos“ um dos jogadores mais emblemáticos do bi-campeonato de 1988, o grande ídolo Bobô, além do Treinador Evaristo de Macedo.

Ídolos como Baiaco e tantos outros também foram “esquecidos“, lamentavelmente. Fez uma tal passeata da Ribeira (seu reduto eleitoral) ao Bonfim, onde poucos tricolores participaram desse fiasco de evento. Nenhum show foi programado no estádio de Pituaçu para seus torcedores ou sócios, numa terra de tantos artistas como a Bahia. Lamentável.

Porém, o mais interessante foi mesmo a seleção de pôsteres de alguns do time para representarem os vários times vencedores de títulos que tivemos na nossa rica história: foram selecionados os time de 1959 (1º campeão brasileiro), 1988 (2º time bi-campeão brasileiro), time do hepta-campeonato de 1979, e como ele nunca conquistou nenhum título, deu jeito de colocar o pôster do time do ano passado, 3º colocado na série B.

Não que esses jogadores não mereçam o reconhecimento da nação azul, vermelha e branca, longe disso, pois somos gratos a eles que mesmo com falta de estrutura e atrasos de salários conseguiram devolver o Bahia à série A, mas em nossa história temos inúmeros outros times que ganharam importantes títulos e ergueram taças.

Aliás, se tem uma coisa que MGF não precisa se preocupar é com espaço na prateleira da grande galeria de Taças do Esporte Clube Bahia, afinal ele não conseguiu conquistar nem mesmo uma e seu mandato terminará no final deste ano.

Mas, como o clã dos Guimarães detém a grande maioria do Conselho Deliberativo, será re-eleito sem nenhum tipo de esforço, a não ser criar novos factóides para novos eventos midiáticos e deixar o torcedor tricolor sem motivos para sorrir.

Recentemente o cantor-tricolor Luiz Caldas resumiu bem o sentimento da torcida pelo sue Clube quando disse: “eu não torço pelo Bahia, eu sofro pelo Bahia“.

Acorda Torcida Tricolor: “Eleições Diretas Já”, o sócio do Bahia tem que votar e decidir os destinos do seu Clube. O Bahia deveria ser da TORCIDA TRICOLOR!

Associação Bahia Livre

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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