NASCEEEEEEEUUU!!! Bahia 3 x 1 Figueirense

Tudo começou no dia 13 de novembro de 2010. Estava fora de Salvador e tive de acompanhar pela TV. O Bahia enfrentava a lusa paulista, atual líder da Série B, em casa. PituAço lotado, ingressos faltando, gente dentro e fora do estádio, Trios Elétricos e um time empenhado em vencer. Resultado: 3×0 para o Tricolor de Aço. Fiz festa no interior com minha bandeira Tricolor. Boas lembranças…

Mas essa foi a última conquista do Bahia no Campeonato Brasileiro, jogando em PituAço. Depois disso foram 9 meses de angústia, de “quases” triunfos, de jogar bem e perder ou empatar. Contudo tinha de sobrar para alguém.

O Figueira foi a vítima. Um time que normalmente nos dá muito trabalho, seja em Salvador ou em Floripa. Era o adversário ideal. Time bem armado, com jogadores experientes e comandado pelo ex-Tricolor, Elias.

Como sempre o espetáculo fora do campo começou cedo. Festa da Torcida de Ouro, músicas, Hino do Brasil, Hino do Bahia, vaias para o time visitante, aplausos para o nosso Esquadrão. Começa o jogo e o Bahia parte pra cima. Pressiona, tenta, corre, dribla, mas nada conseguia furar a retranca do catarinense. O Tricolor fazia tudo certo e dava errado no final. Aos 40 e poucos surgia uma inversão interessane. Cruzamento da direita, Ávine erra o chute a gol, mas acerta a assistência. Bahia Minha Porra 1×0 Figueira. Festa no Caldeirão, fim de 1º tempo e o fantasma, de não vencer em casa, ia começando a ir embora.

Começa o Segundo Tempo. A Torcida aplaude a entrada do time e canta: vai pra cima dele Esquadrão. Mas de novo o time voltou mal. Foi uma pressão intensa de 20 minutos. Perdemos o meio de campo, os rebotes, o controle do jogo e até o contra-ataque. Impossível não reviver São Januário. Tensão, bola cruzando a área, Lomba começando a aparecer de forma decisiva, stress, palavrões, putz… De repente um foguete rasga a zaga catarinense pelo lado direito. Ávine tabela com Ricardinho e dispara para a área. O craque tricolor coloca a bola na cabeça do lateral com uma “cavadinha” genial (se fosse Paulo Henrique Ganso, Galvão teria um filho ao narrar o lance). 2a0.

Mas a macumba foi braba. Na única falha da zaga Tricolor no jogo, gol do adversário. 2a1. René, que tinha desarrumado o time colocando um atacante (Gabriel) no lugar de um meia (Carlos Alberto), agora troca o lateral direito (Marcos) por outro atacante (Jones). Confesso que xinguei, até à rouquidão, o treinador. Eis que numa jogada individual, aquele “miserável” do Jones queima minha língua. Golaço! Rouco e com a língua queimada agora começava a ficar mais calmo, agradecia a René e pedia perdão a Deus pelos palavrões proferidos ao treinador.

Na BOA, Esporte é algo maravilhoso. Fomos da tensão ao êxtase, da raiva ao perdão, de algoz a vítima, de certo a errado em apenas 90 minutos.

Saímos de PituAço gritando Olé, Olé… Há quanto tempo não fazíamos isso? Dane-se o tempo. BOrA BAÊA MINHA PORRA!

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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