Mais um empate do Bahia, pra variar!

zagueiro Thiego ECBAHIA É impressionante como torcer para o Bahia em Pituaçu é uma tarefa difícil. Sinceramente, é teste de fogo para qualquer cardíaco. Estou chateado, realmente estou chateado. Não pelo resultado em sí, porque empatar com o Internacional não é o fim do mundo. Mas me revolto com a apatia do Bahia que quase entregou o jogo no primeiro tempo.


Eu sei que vou encontrar aqueles que dirão “o time foi aguerrido”… pelo amor de Deus! O que se viu hoje em Pituaçu foi um time fraco tecnicamente. Observando praticamente os reservas do Inter jogar, dava gosto ver a tranquilidade dos jogadores colorados, como eles dominavam a bola com categoria, como analisavam o jogo e faziam toques precisos. Aliás, um belo toque de bola apresentado pelos gaúchos.

Já o Bahia, nunca vi errar tantos passes. Uma necessidade de se livrar da bola, um medo de conduzi-la. Era impressionante como os jogadores do tricolor ficavam perdidos quando ela vinha ao seu encontro. Assim saiu o gol do Inter, depois de uma falha horrorosa de Thiego, que ficou todo enrolado quando viu a bola quicar na sua frente.

No segundo tempo, o Bahia realmente melhorou, mas muito mais pela garra e vontade de reagir, do que pela qualidade técnica. Vejamos que se não fosse o penalti, não sei se teríamos chegado ao empate. Jóbson, me irrita a cada jogo. O delegado só quer saber de driblar, não levanta a cabeça e matou pelo menos três jogadas agudas do Bahia no segundo tempo. Preferiu chutar para o gol, mesmo sem ângulo, enquanto dois ou três jogadores esperavam em melhores condições dentro da área. Só não o coloco como pior da partida, porque teve pior que ele, além de que ele sofreu três faltas com sua correria. Aliás, faltas muito mal cobradas por Ricardinho.

Mesmo no momento do jogo em que o Bahia apresentou vontade e garra, o Inter nunca esteve morto e sempre chegou com perigo. Poderia ter feito um segundo gol já nos acréscimos, quando o jogador colorado chutou à queima roupa para fora. A defesa tricolor andou batendo a cabeça hoje, e nesse lance ninguém se entendeu.

O placar foi achado. O Bahia, apesar da garra e da blitz após o gol de empate, não conseguiu criar chances reais. Faltou maior ordenação na construção das jogadas e não conseguiu segurar a bola no ataque. Permitiu, inclusive, que o Inter ficasse com a posse de bola nos acréscimos do jogo, uma vez que chegou pela última vez no ataque aos 44 minutos do segundo tempo.

A nota do Bahia hoje é 6,0, considerando a garra e a vontade. Na minha opinião, o pior jogador em campo foi Thiego e o melhor jogador foi Gabriel. Para o técnico René, uma nota 6,0. Esse treinador ainda não me convenceu no Bahia, apesar de ter substituído corretamente. O Bahia não apresentou uma organização tática convincente e que pudesse transmitir segurança ao seu torcedor, além de errar muitos passes, fundamento básico do futebol.

Agora, o tricolor sairá para enfrentar o dificílimo Palmeiras. Mas até lá permanece em 13º lugar, há cinco pontos da zona de rebaixamento e ainda dentro da zona de classificação para a Sulamericana.

Vinicius Brandão

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

Deixe seu comentário