Disputar a Série A de forma modesta, vencer o Campeonato Baiano em vários anos consecutivos, parece ter funcionado como uma espécie de cortina de fumaça, ou quem sabe, como um tubo novo de bálsamo Bengué que amaciava o ego da torcida do Vitória. Uma torcida sempre eufórica, talvez nem tanto por seus feitos e sim pelos constantes fracassos alheios.
O fato é incomum dentro do Vitória e até corriqueiro do meio da torcida tricolor, que por vários e vários anos se manifestou contra os desmandos administrativos no clube embora, creio eu, a essência fundamental que motivava a chiadeira, era a permanência do clube na segunda divisão do Futebol Brasileiro.
Recordo manifestações deste tipo da torcida rubro-negra, somente na ocasião “cessão do Barradão” para jogos do Bahia e, anteriormente, foram observados protestos semelhantes, porém com a mesma veemência, contra o atual governador Wagner Jacques quando decidiu, de forma acertada, reconstruir o Estádio Metropolitano de Pituaçu, local onde o Bahia manda seus jogos e, sobretudo, local que facilitou o acesso do clube para a Série A.