Renato Gaúcho X Edílson: Acabou o namoro?

Matéria de Miro Palma, edição impressa do jornal Correio, edição de Sábado, véspera do BAVI. O namoro entre o atacante baiano e técnico Gaúcho, se é que existiu, por prudência deveria ser mantido sob o sigilo absoluto, pois não move, comove ou demove a esperança do torcedor tricolor, do titulo do Campeonato na tarde deste Domingo.

A relação Bahia, seu torcedor e os títulos, precisa de reconciliação urgente. Com Edílson ou não, o Bahia precisa contrariar a lógica natural do futebol, desmascarar os nostradamus de plantão, desmistificar a mãe Diná e, sobretudo, fazer o retornar o ovo para o aconchego da galinha, de preferência, sem vaselina!

Títulos da Copa do Mundo, Mundial de Clubes, Brasileiro, além de alguns campeonatos regionais e estaduais. Se você fosse técnico de futebol, arriscaria colocar um jogador com esse currículo de reservas? Não? Depois de 14 jogos e apenas dois gols, talvez. O retrospecto para um atacante não é nada agradável. Até o zagueiro Wagner fez mais gols: cinco no total. A relação de Renato Gaúcho com Edílson ficou abalada depois da derrota do último BA-VI. Bafafá dos dois lados e a conseqüências vai ser a reserva para o capetinha.

Ao menos, é o que tudo indica. O discurso de experiente jogador de 39 anos é de conformismo. “Eu não vim pra cá para desagregar. Não quero confusão. Eu seria desonesto com o grupo se não aceitasse a reserva. Sou autentico e não Maria vai com as outras”.

O técnico Renato Gaúcho se livra de qualquer polemica em relação à escalação do time, mas dá uma pista “Não existe nenhuma cláusula no contrato no contrato do Edílson dizendo que ele vai jogar. Ele é um jogador do grupo do Bahia”, afirmou. Para um bom entendedor…

Apesar do semblante visivelmente triste, Edílson manifesta apoio aos companheiros. Segundo o jogador, mais importante é o Bahia ficar com o titulo. “Rapaz, o que vale é ajudar o clube. Quero é levantar a taça no domingo”.

O resultado da final, por sinal, vai definir o futuro do capeta no time. A Série B é uma incógnita, apesar de Edílson já ter declarado que iria cumprir o contrato. Pelo menos é o que deixou entender. “Depois do jogo, a gente vai ver. Vou pensar com calma e resolver”, disse.

O clima entre o jogador e o treinador não é dos melhores, já deu para perceber. Na entrevista coletiva após o treino de ontem, a pergunta salgada do repórter sobre a barração deixou Renato Gaúcho irritado. “PÔ, você está chato para caramba!” bradou.

Logo na pergunta seguinte, o veneno veio ainda mais forte. Renato jogador é parecido com o Edílson jogador? O comportamento? “Não!”, sem mais conversa fiada.

Em relação ao time, o mistério continua. No total, 19 jogadores foram relacionados. Os 11 que entram em campo? Só amanha nos vestiários do Barradão. “É um jogo de xadrez e eu não vou dar as minhas armas para ao adversário” resumiu o treinador.

O mistério da escalação sobrou até para Ananias, titular absoluto e que fez falta no último clássico. “Você que está dizendo que ele vai jogar”. Ele tem as mesmas chances dos outros jogadores, assim como o Bruno Silva.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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