Caros torcedores do Bahia, confesso que ultimamente eu andava muito descrente com o futebol mundial. A razão é muito simples: a profissionalização desse esporte tem feito com que aquele amor e aquela vontade de se doar totalmente pelo time venham se perdendo na personalidade dos jogadores.
Por um lado, essa profissionalização foi muito importante, é verdade. Garantias trabalhistas são direitos de todos aqueles que “ralam” pelo seu salário no fim do mês. Mas por outro, observa-se uma supervalorização desses jogadores, alguns dos quais chegam a ganhar milhões só com a imagem.
Mas o futebol surpreende sempre e isso faz dele um esporte tão amado na maior parte do mundo. Dessa vez, ele me surpreendeu fora de campo. Ao ouvir a declaração do empresário de Jael ontem na rádio Tudo FM, fiquei muito feliz. Jael aceitou vir para o Bahia pela metade do que lhe foi oferecido pelo Vitória. Esse Vitória que , aliás, desde o ano passado vem tentando atravessar o Bahia em várias negociações, que em minha opinião é mais um comportamento amador de seu Alex Portela com o intuito de prejudicar o rival. Mas enfim, o futebol virou negócio e ele tem direito de fazer suas propostas.
O fato é que, em entrevistas anteriores, Jael já tinha confessado que se afinou com a torcida do Bahia, se identificou com o clube e que queria fazer história no tricolor. Não quero aqui ser ingênuo e acreditar em tudo que é falado pelos jogadores. Hoje, sabemos que muitos fazem “corpo mole” quando os salários atrasam e poucos dão mesmo o sangue pelo time que joga. Mas atitudes como a de Jael me fazem acreditar que o Bahia fez uma grande contratação. São de jogadores assim que o tricolor precisa nesse momento. Alguém que entre em campo querendo brilhar e fazer história no clube. Rodrigo Grahl já tem mostrado um comportamento muito parecido, vibrando muito com aquela bandeirinha tricolor que ele sempre mostra ao marcar um gol.
Sabe quando você sente que o clima no ambiente é bom, um quê diferente no ar que te faz acreditar que esse ano as coisas poderão ser diferentes? Ainda é muito cedo para falar em acesso. Antes, é preciso jogar bola e vencer seus jogos. Espero que essas vontades de Jael e Rodrigo Grahl contaminem a todos os jogadores do elenco tricolor e possamos fazer a campanha da garra e da superação. O Bahia é grande e precisa de jogadores assim: Grandes!
Este e outros ótimos texto do Vinícius, aqui!
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