Sábado, primeiro de Maio, dia do peão trabalhador, véspera do BAVI que decide a edição 2010, do Campeonato Baiano. O BLOG, dentro do possível, trará para o centro desse espaço tudo que for relacionado ao jogo deste domingo. Ontem começámos o dia com as gozações sadias do Mauricio Guimarães e finalizámos com as impressões, neutras e equilibradas, sobre o jogo do Cláudio Lima, parceiro e amigo do BLOG Futebol Nordestino e o Tricolor, Vinicius, do BLOG da Galera Tricolor, que lembrou, com toda propriedade, a história de superação do Bahia, do Bahia de quando viveu e respirou sob o signo da era do aço!
Régua passada, recomeçamos neste sábado trazendo o novo artigo do Paulo Carneiro. O rubro-negro que é respeitado por grande parte da torcida rubro-negra, e que reputo como o homem que tirou o Vitória da lama e colocou na cama, se suas administrações fossem apenas avaliadas por conquistas de títulos. PC faz um longo (como sempre) apanhado da história dos últimos anos do Vitória e do Bahia, como aponta, alguns dos motivos para ascensão do primeiro e rabisca a origem do escorregão, queda e mergulho no abismo do segundo. Confira
As décadas de 70 e 80 então foram uma covardia. O Vitória ganhou apenas quatro títulos; 72 80, 85 e 89. E já começou em 70 quando goleou o Itabuna por 6 a 0 com três gols de Sanfilippo e em 71, quando ganhou o BaVi por um a zero, gol de Artur e quebrou uma hegemonia de 64 jogos oficiais sem vencer o Vitória.
A partir de 89 a coisa mudou de forma radical. O Vitória deixou de ser um clube semi profissional, dirigido por “mecenas” passionais e a distância, para ser uma referencia como clube profissional e um grau de excelência na formação de atletas.
Em 94 com a plena inauguração do Barradão já com refletores e arquibancadas a situação começou a mudar. Ainda na década de 90 o Bahia ofereceu alguma resistência. Ganhou em 91, 93, 94, 98 e 99 (título dividido sem decisão).
A estruturação do Vitória de fato só se iniciou em 93, embora tenha ganho em 89 e 90 seu segundo bi-campeonato, ainda na cultura antiga, sem base e com time de aluguel. Imaginem, já tinha 90 anos e apenas oito títulos estaduais.
Sinceramente não se esperava que essa hegemonia fosse virar de forma tão radical. O Bahia já tinha estrutura física e dirigentes experientes, mas não percebeu a mudança do negócio futebol.
Parou de investir na base ou investiu mal a partir de 90 e já não podia trazer grandes jogadores dos grandes times brasileiros como fez até a década de 80, quando o futebol era regido por apenas uma receita (bilheteria) e os times grandes tinham apenas aspirantes e juvenis.
Ainda tiveram uma grande chance com a entrada do Oportunity em 98, mas as brigas internas e a obsessão de poder atrapalharam a adaptação ao profissionalismo que bateu nas portas muitas vezes e as encontrou fechadas.
Dessa época, 70 e 80, vieram para o Bahia grande jogadores como: Eliseu (Santos), Picolé (Santos) Douglas(Santos), Natal (Cruzeiro), Peri (Corintians) Sapatão, João Daniel (Flu FS/FLA), Marco Aurélio (Fla), Buttice e Sanfilippo (Argentina, San Lourenzo), Jesun (SP), Fito (Santos), Dario, Caio Cambalhota (Flamengo) Perez (São Paulo) Gilson Gênio, Alcimar (Palmeiras), Renato 74, Renato(Fla), Mickei(Flu RJ), Cláudio Adão (Flamengo). Continue lendo aqui