E.C. Bahia: Torcer é sempre acreditar!

A matéria é do Correio, o autor é o Eduardo Rocha, a edição é a impressa, a esperança é da torcida do Bahia e o campeonato tem a cara do Vitória. A fé e a esperança podem levar os fluidos positivos, podem até mover montanhas, na ausência, podem trazer o pessimismo que convoca o vizinho desâmino.

Dizem que o Fluminense saiu da degola em 2009 na base da prece, de manha de tarde e à noite. Fé não se refere apenas na confiança, é preciso encaminhar o pedido. O divino, precisa apreciar o time, auferir seus merecimentos antes de mandar despachar o milagre! Confira.

Torcer é acreditar. Quando o futebol desanima e a bola diz não. Contra todos os prognósticos e estastiticas. Diante do improvável. A fé está posta à prova de novo – desde 2001, pela nona. Quem crê desconsidera os noves anos sem títulos, a desvantagem na finalissima ou rede vazia na corrida por gols. Acreditar por acreditar.

O Bahia precisa de dois gols para fazer fé no titulo, e só aí pode começar a rezar o rosário tricolor no Barradão. Em 33 partidas por lá, no campeonato baiano, a história conta sete vitória – cincos delas por dois gols ou mais de vantagem. Os otimistas ainda lembrarão que três delas aconteceram justo nos últimos dois anos, quando a equipe passou a vencer no estádio com maior freqüência.

Respaldo o time tem, mas a missão de domingo envolve a analise de outros elementos. Primeira no quesito pontaria. O Bahia até o ataque eficiente do Baiano (42 gols), só que a contradição está na ineficiência de seus atacantes. A parceria Mendes-Edilson passou em branco nas últimas três rodadas. Renato foi duro depois da partida em Pituaçu.

“No futebol, não podemos abrir mão de duas coisas: velocidade e qualidade. E em alguns setores nós não temos. Quando penso em mudar, não vejo opção”, disse o treinador. A esperança está na volta de Rodrigo Gral: oito gols.

Outro teste de fé: quem crê precisa desconsiderar o histórico de decisões do Baiano no Barradão. Foram cinco finais tradicionais de estadual, dois jogos, aquelas em que leva a melhor levanta o caneco. O Bahia não venceu sequer um jogo.

O time até ganhou, mas em decisão de turno. Em 1997, por exemplo, o tricolor fez 1×0 na última partida do campeonato e o Vitória levou o troféu por conquistar as 4 fases. Dá pra levar fé? Ananias e Bruno Silva estão de volta. Gral tem a semana para recuperar a forma. Torcer é acreditar.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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