Torrou carros de luxo para fazer o Bahia campeão!

Passada a fase dos beijos, entramos na fase dos afagos baseados no saudosismo tricolor para lembrar que, em oito dias, o Bahia comemora os 50 anos do que muitos não esqueceram, alguns precisam saber, poucos precisam lembrar: I Taça Brasil.

O artigo foca senhor Benedito, benemérito tricolor que, em época passadas, torrou tudo o que tinha em pró de um Bahia campeão. Enquanto hoje, ah hoje deixamos para amanhã, para não tirar o brilho do que um dia foi motivo de festa e orgulho para o povo da Bahia.

A matéria é assinada por Paulo Leandro (rubro-negros dos bons) e veiculada na edição do Correio desta terça-feira.

O Bahia começa nesta segunda-feira (22) a contagem regressiva para uma data histórica: na próxima segunda- feira, ou de hoje a oito, como se diz em bom baianês castiço, a torcida tricolor comemora os 50 anos do título que ninguém, jamais, vai esquecer. O que pouca gente sabe, e para isso o CORREIO foi a campo descobrir, é que um dos principais heróis da odisséia baiana na I Taça Brasil, talvez o nosso maior Ulisses, não chegou a calçar chuteiras. Ele vendeu o que estava ao alcance para ver o nome do Bahia e da Bahia valorizado em âmbito nacional, numa época em que o feroz preconceito sudestino nos tratava como ‘pau de arara’ e ‘nortista’. Seu nome: Benedito Borges de Mello, ou ‘Bené Mérito’, uma brincadeira com seu nome e o fato de ter se tornado sócio benemérito do clube que ama. E com todo mérito.

Decavês

Foi seu Bené que torrou 110 carros de uma agência e de uma locadora de sua propriedade. “Não tenho arrependimento porque fiz do meu Bahia o primeiro campeão brasileiro e este título eles nunca vão ter”, afirma um dos pioneiros no mercado de automóveis de Salvador.

O ‘eles’ aí são os torcedores do Vitória, rivais cabisbaixos quando o assunto é estrelinha em cima do escudo. Ossimca-chambords, gordinis e decavês de Bené pagavam os salários e garantiam a contratação de titulares importantes do campeão brasileiro e primeiro representante do país na Libertadores.

Hoje, aos 87 anos, seu Bené lembra os melhores momentos dos leilões que antecederam a vitória sobre o Santos na decisão, em 29 de março de 1960. “O meia Mário, eu trouxe quando jogava no Taubaté de São Paulo. Além de carro, dei um relógio de ouro rolex de 35 mil dólares pra ver ele botar uma bola debaixo da saia de Pelé”, diverte-se o fiel e quase anônimo parceiro do falecido Osório Villas Boas, presidente que liderou a conquista e pegou mais fama, enquanto Bené ficou esquecido. Aqui você ler a matéria completa.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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