Pituaçu saiu caro para o Esporte Clube Vitória.

Novamente a Tribuna da Bahia aborda outro tema interessante para o torcedor, desta vez, para o feliz torcedor rubro-negro. Sempre fugindo do corriqueiro e desprezando o habitual do mundo do futebol, o jornal publica, nesta sexta-feira, os números do prejuízo do Vitória durante os cinco primeiros jogos da primeira fase do Baiano, que mandou no estádio de Pituaçu. Pagou caro, cerca de R$ 55.497, somente de aluguel do estádio, fora a convivência com as paquinhas e outras pragas subterrâneas.

Em outra matéria do Jornalista Rafhael Carneiro, agora no Jornal da Metrópole também desta sexta-feira, são tratados as obras pendentes e todos os benefícios planejados para o entorno do estádio de Pituaçu, como a passarela sobre as duas pistas da Avenida Luiz Viana Filho e a duplicação do trecho inicial da Avenida Pinto de Aguiar. Segundo o presidente da Conder, Milton Villas-Bôas, as obras estão prestes a serem iniciadas pela construtora MN (vencedora da licitação) e têm o prazo estipulado de conclusão em 180 dias, com o custo total de R$ 16 milhões. Ou seja, o projeto anunciado em Janeiro de 2008, previsto para Julho do mesmo ano, mas inaugurado 12 meses depois, só estará completo em Outubro de 2010. Confira abaixo o prejuízo rubro-negro.

O Barradão foi reaberto, a torcida fez festa com quase 20 mil pessoas na arquibancada do estádio e o Vitória mostrou a importância de seu alçapão. O retorno ao Manoel Barradas foi comemorado com a goleada sobre o Corinthians Alagoano e a classificação para a próxima fase da Copa do Brasil. Bom para o torcedor que voltou a se sentir em casa. Melhor ainda para a diretoria, que chegou a uma constatação: custou caro ao Vitória a troca do Barradão por Pituaçu na primeira fase do Campeonato Baiano.

O prejuízo não se refere aos resultados dentro de campo. Afinal, como mandante, o Vitória continua invicto. Foram cinco jogos em Pituaçu e um no Estádio Armando Oliveira, em Camaçari. O rubro-negro marcou 13 gols e sofreu apenas dois. Campanha decisiva para a classificação isolada na liderança geral do Baiano.

Mas, quando o balanço vai para o caixa…Bem, aí não há motivos para comemorar. Por ter trocado o Barradão por Pituaçu durante os cinco primeiros jogos da primeira fase do Baiano – a última rodada o rubro-negro disputou em Camaçari – o Vitória teve de desembolsar R$ 55.497 somente de aluguel. Mais da metade dos R$ 100 mil previstos para a reforma no gramado do Manoel Barradas.

O valor gasto com o aluguel poderia ter sido maior. Só não foi porque na partida contra o Itabuna, em Camaçari, o Vitória não teve de pagar à prefeitura municipal. A arrecadação bruta dos seis jogos como mandantes foi de R$ 787.677,50. Mas, no final da contas, apenas R$ 371.020,69 foram parar nos cofres rubro-negros. Valor que corresponde a aproximadamente 47% do total arrecadado com bilheteria no Estadual.

Então, nada melhor do que voltar para casa, certo? “Com certeza. Sem dúvida alguma”, afirmou o presidente Alexi Portela. O dirigente lembrou ainda de outros gastos que o clube tem por não jogar no Barradão, “como o quadro móvel, que é altíssimo, e a energia, já que nós temos um gerador próprio”. Outras despesas são citadas no borderô da Federação Bahiana de Futebol (FBF). O pagamento do INSS, o Seguro do Público Pagante e Impostos e Taxas locais estão entre elas, mas seriam cobradas em qualquer local.

REFORMA – O Barradão estava fechado para reformas desde dezembro do ano passado. Além da mudança da grama, foram feitas intervenções nos camarotes, acesso ao estádio, lanchonetes e pintura da arquibancada. Segundo Portela, o clube desembolsou cerca de R$ 250 mil. Outra parte dos investimentos foi feito por parceiros e patrocinadores, como o Habib’s, que agora administra as lanchonetes do estádio. “No total foram gastos entre R$ 300 e R$ 400 mil”, completou o presidente rubro-negro.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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