Pituaçu será interditado em março

Depois de reclamarem tanto do gramado do Estádio de Pituaçu alguém decidiu intervir. Acredito que muito se deve à matéria veiculada no jornal A TARDE impresso do último domingo, no caderno de Esportes o assunto ganhou até capa.

O gramado está horrível e prejudicando o bom futebol desde a estréia do Vitória contra o Camaçari (foto). O Barradão está em reformas e a previsão de re-inauguração é dia 10/03, e fica a dúvida: onde jogarão Vitória e Bahia após o clássico BAVI?

Nem tive tempo de observar a tabela de jogos, entretanto creio, que neste período o Bahia tenha alguns jogos com mando de campo em Pituaçu, e onde deve jogar? Essa é uma grande oportunidade do futebol baiano descer a calça curta e vestir finalmente o paletó da seriedade. O Vitória tem o estádio em reforma, ótimo! Onde joga? Pituaçu! Nada mais justo, agora, quando se interdita o gramado de Pituaçu, que o Bahia realize alguns jogos no estádio Manoel Barradas! Fugir disso para levantar outras questões miúdas e pequenas será o mesmo que passar um atestado que o futebol baiano também é pequeno fora de campo.

O gramado do Estádio Roberto Santos, em Pituaçu, vai passar por um processo de recomposição, a partir de 1º de março. Um estudo realizado por empresa especializada em gramados de campos de futebol detectou a presença de duas pragas: paquinhas (Scapteriscus ssp) e lagartas (Spodoptera frugiperda).

Em reunião na última segunda-feira (22) entre os dirigentes da Superintendência dos Desportos da Bahia (Sudesb), Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e Federação Baiana de Futebol (FBF) ficou acertada a suspensão temporária das atividades em Pituaçu para após o BAVI do próximo domingo (28).

As paquinhas, insetos de hábito noturno, atuam debaixo da terra alimentando-se das raízes da grama, o que deixa o piso do campo fofo e irregular. As lagartas, por sua vez, estão consumindo a vegetação do campo, prejudicando parte do gramado.

A empresa Greenleaf Gramados tem vasta experiência em tratamento de campos com grama igual à de Pituaçu, como o Maracanã, por exemplo. O gramado é composto pela espécie Bermuda Tifton 419, utilizada em larga escala na maioria dos estádios de futebol do Brasil.

A previsão é que o tratamento no gramado dure até o final do mês de março. Nesse período haverá troca da grama que sofreu o ataque das pragas e regeneração das áreas.

24/02/2009
ASCOM/Sudesb

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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