A Tribuna Bahia relata, nesta segunda-feira, o que já foi exaustivamente comentado ainda ontem: o primeiro coletivo do ano do Esporte Clube Bahia, sob o comando do técnico Renato Gaúcho e com a participação dos novos contratados, exceto Edílson. As expectativas dos torcedores na ânsia por um título culminaram numa grande quantidade de tricolores presentes no Fazendão para prestigiar o clube, numa reafirmação clara da crença de um ano melhor para o Esporte Clube Bahia. Mas, infelizmente, foi chamado o batalhão de Choque que trouxe a violência e, claro, muita confusão e até catiripapos em radialista. Confira.
Mesmo com um time completamente desarrumado e desentrosado, o Bahia, escalado pelo técnico Renato Gaúcho fez bonito, ontem no jogo treino, realizado no Fazendão. A equipe não encontrou dificuldades e goleou a seleção de São Francisco do Conde por 4 a 0. A partida foi amistosa, mas deixou os torcedores do Bahia, mesmo aqueles mais pessimistas, esperançosos com um bom desempenho do time para o Campeonato Baiano de 2010. Afinal, desde 2001, o tricolor não levanta a taça do Estadual.
Na atividade de ontem, o treinador Renato Gaúcho optou por observar dois times diferentes. Um no primeiro tempo, composto em sua grande maioria por jogadores que chegaram ao Fazendão indicados por ele, e outro no segundo tempo, com atletas das Divisões de Base que devem ser integrados à equipe profissional nesta temporada. O grande destaque, na primeira etapa do jogo foi o atacante Rodrigo Grahl. Ele marcou os dois primeiros gols. Um foi aos 17 minutos, após bela jogada de Rogerinho, e outro, aos 35, quando dividiu com o zagueiro e colocou a bola no fundo das redes adversárias. Na segunda etapa, completaram a goleada, os atacantes Hélder e Ananias.
Porém, mesmo com a boa atuação, Grahl acredita que ainda tem muito a melhorar. “Ainda precisamos aprimorar o aspecto de movimentação e entrosamento com os companheiros”, revelou o jogador. “O segredo é trabalhar. Produzo e deixo o treinador avaliar”, completou.
Jogo é marcado por agressão da Polícia de Choque no Fazendão
Devido às informações desencontradas de que a torcida do Bahia teria ou não acesso ao jogo treino realizado no Fazendão, mais de 500 torcedores compareceram ao Fazendão para acompanhar a partida. Diante do grande número de pessoas, a Polícia Militar foi chamada para acalmar os ânimos dos torcedores. Mas além de barrar a torcida, os policiais acabaram por proibir a entrada de qualquer carro no centro de treinamento tricolor, até mesmo de membros da imprensa e do vice-presidente de Relações Públicas do clube, Ivan Durão, o que causou uma enorme confusão.
Ao pedir para entrar com o objetivo de trabalhar, o radialista Jaílson Baraúna, que estava entre os torcedores, levou um tapa no rosto de um dos policiais. De acordo com o repórter, o policial da Tropa de Choque tirou o nome da farda para não ser identificado.
Após o tumulto, o presidente do clube, Marcelo Guimarães Filho, decidiu abrir os portões do Fazendão e liberou a entrada dos torcedores. O que permitiu que a situação fosse controlada.