O princípio de crise no Vitória é de egos inflados artificialmente, um indício da falta de bom senso num começo de campeonato em que Apodi e companhia afirmavam-se como insubstituíveis. Agora, alguns jogadores estão insatisfeitos, como Apodi, outros claramente hostis ao departamento médico do clube, sem uma razão mais plausível para tanta revolta; uma insubordinação que reflete o fim de mitos no clube e de que seus períodos de ídolos acabaram. Tudo isso não disfarça que os jogadores queriam que o campeonato acabasse agora, e que desejariam fazer logo novos e bons contratos, talvez em outros clubes. Quando alguns jogadores sentem-se tão protegidos e demasidamende endeusados para tanta insubordinação, maiores que os clubes que representam, quando insuflam a torcida contra o técnico, é sinal de pelo menos duas coisas na sequencia negativa do Vitória: Mancine não curou feridas do passado e também alguns jogadores já não querem jogar no clube. Veja a reportagem do Bahia Notícias:
O goleiro Viáfara, um dos principais jogadores do Vitória nessa temporada, mostrou-se preocupado com o atual momento rubro-negro na Série A. Para ele, as atitudes como a do lateral-direito Apodi, que jogou o colete dos reservas no chão ontem, ao ficar de fora do time titular, e de Roger, que tentou desqualificar o Departamento Médico do clube ao realizar exames na Ponte Preta, prejudicam o ambiente interno da equipe. “Claro que problemas estão ocorrendo e o ambiente aqui não está legal. Acho que deve ser o momento que vivemos no campeonato, com três derrotas. Mas a roupa suja deve ser lavada em casa”, afirmou.
O Leão perdeu as últimas três partidas e enfrentará o Avaí no próximo sábado, no Barradão, às 17h30 (horário da Bahia). Se vencer, pode ficar muito perto de confirmar uma vaga na Copa Sul-Americana no ano que vem. Caso contrário, a situação pode se complicar nessa reta final de Brasileirão.