As coisas no Bahia são sempre sofridas, conquistadas com muita dedicação de seus jogadores, desafiando a lógica e os “idiotas da objetividade”, que se curvam a política colonialista da CBF. Sempre foi o Baahia o time do povo, não o time de cúrias e poderosos. O Bahia já disputou torneio da morte, já disputou a série “c” e viu seu clube sem um estádio para jogar no ano de 2008.
Não consta na minha memória um time como o Bahia, uma torcida maravilhosa e grandiosa, sofrer tanto assim. Aliás, numa perspectiva do futebol que transcende os nossos heróis tricolores, vimos nossos co-irmãos nordestinos sofrerem com humilhações nesse campeonato com descensos de forças tradicionais do nosso futebol. O Bahia ainda não se livrou da série “C”, e estaremos torcendo para que isso não aconteça, como também que não aconteça com o Vitória mais uma humilhação para a região.
A propósito, o Jornal Folha de São Paulo em matéria recente mostra que dois terços da zona de rebaixamento das série “A, “B” e “C” são frequentados pelos “nordestinados”. “Os Nordestinados”, como uma peça de teatro e destino, denunciando a saga de uma região que sofre com o preconceito e um projeto econômico de um país que negligenciou a nossa região.
Como exemplo da incapacidade do Brasil em adminsitrar seu futebol de forma isonômica temos a CBF; uma entidade privada situada no sudeste do país que tradicionalmente discrimina nossos clubes e jogadores. O pior é que nossa região baixou a cabeça para o déspota Ricardo Teixeira, que acabou com o Campeonato do Nordeste. Temos outros exemplos dessa nossa falta de representatividade e força política, quando vimos nosso craque Charles ser desconvocado da seleção de Lazaronni, uma seleção que mereceu o protesto dos baianos e da torcida do Bahia quando aqui chegou.
O Náutico no momento que escrevo está sendo prejudicado pela arbitragem. Tivemos também o Sport que viveu uma situação inusitada quando um árbitro apitou para o Palmeiras empatar um jogo em que o time nordestino foi melhor durante todo o jogo. 
Se fôssemos colocar os pontos nos “i”, o nordeste também teria 2/3 de julgados no STJD contra os interesses dos clubes nordestinos. Um centro de poder na CBF da “cariocada” e arbitragens que colocam os interesses econômicos dos “grandes clubes do sudeste” em desfavor da isonomia que deveria nortear uma entidade que representa o futebol brasileiro jamais nos legará algo de bom.
Como observo, infelizmente, na minha vida profissional, a prioridade de enaltecer os “vermes” defensores da gramática da opressão de uma estrutura arcaica e contrária à gramática da Pedagogia da Esperança de nosso Paulo Freire é a tônica. Quantos acertos de gramática existem em sentenças desumanas? A gramática certa é a do povo nordestino.
Jogos pela série da série A
Náutico 0 x 2 Flamengo (veja os gols aqui)
Avai 3 x 1 Corinthians
Barueri 3 x 0 Botafogo
Fluminense 2 x 1 Atlético-PR (veja os gols aqui)
Internacional 3 x 1 Santos
Goiás 3 x 1 Santo André
Classificação aqui