Marcelinho, o engomadinho. Ou Marcelo II (e último, se a plebe acordar).

Marcelo GuimarâesNa boa, eu queria ponderar algumas coisinhas… Alguém aqui trabalha satisfeito, com dedicação plena e astral lá em cima caso esteja sem receber salário (ou parte dele) há meses??? Da mesma forma, alguém trabalha sem que seu rendimento seja afetado, numa empresa em crise, sem perspectiva, mal administrada, sem comando, sem planejamento, e com um agravante: seus chefes não aparecem para dar explicações ou mostrar saídas, nem a você nem ao mercado, e você fica exposto aos clientes que sua empresa atende, às cobranças da imprensa e da opinião pública. Honestamente, alguém aqui conseguiria desempenhar bem sua função em tal cenário?

O filósofo Vampeta certa vez cunhou uma frase lapidar a respeito do tema: “Eles fazem de conta que pagam (a diretoria do Flamengo) e a gente faz de conta que joga (os jogadores do Flamengo).”

O que quero dizer com tudo isso? Gente, vamos parar de ver chifre em cabeça de cavalo! Tudo bem que os jogadores do Baêa não são maravilhas incontestes, mas a maioria deles serve muito bem a uma Série B. Eles ou os técnicos não são os grandes culpados pelo que estamos passando, acordem!!! Um elenco que consegue uma sequência de bons jogos, uma partida da qualidade que foi aquela contra o São Caetano, deixa claro que poderia ter ido mais longe. E por que não foi? Por uma série de fatores, que na imensa maioria são de responsabilidade do presidente e da sua diretoria! É em cima deles que devem recair as cobranças.

O que veremos agora é mais uma mudança de técnico, mais dispensas e contratações no elenco (que não terá ‘conjunto’ nunca) e a saída de PC de Tróia. Assim, poupa-se a imagem de Marcelinho, o engomadinho – continuador de uma dinastia desastrosa para o nosso amado Baêa. Mais do que o herdeiro do pai, ele tem demonstrado que aprendeu também com a velha raposa e eterno presidente Maracajá: quando o bicho pega, se aproxima da “oposição” e dos críticos, sinaliza com renovação e passa incólume pelas crises, agarrado ao poder. Ter alguém em quem jogar a culpa é ótimo, eles sabem disso. Cooptar críticos, oposicionistas e imprensa faz parte da arte de iludir e manter o poder. Os afagos a alguns blogs e sites, os convites a ilustres ‘oposicionistas’ e a ‘críticos’ da imprensa nada mais são do que a prática renovada das velhas mumunhas do poder, a arte de jogar água fria na fervura.

Alguém aqui ainda tem dúvida de que o futuro do Esporte Clube Bahia passa longe do binômio Maracajá-Guimarães?

Para terminar deixo mais uma pergunta-alerta: quantos Limas, Guedes, Carneiros, Comellis, Barradas, Bonamigos, Godoys terão que passar pelo Baêa desviando a atenção e encobrindo os verdadeiros sobrenomes responsáveis por um período de trevas que parece não ter fim?

OBS: Texto enviado por Paulo Fontes

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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