A luta do Bahia para achar um novo treinador, um substituto para Alexandre Gallo, tem sido tão árdua quanto a caminhada do time na tentativa de retornar à elite do futebol nacional. Em pouco mais de um dia de negociações, a diretoria ouviu três “não”. Nelsinho Batista e Vadão descartaram a possibilidade logo no primeiro contato. Geninho ficou indeciso, mas na noite de ontem, deu a resposta negativa ao tricolor.
O acerto já era dado como certo durante todo o dia. Restava apenas uma resposta positiva para o Bahia anunciar seu novo treinador. Mas, na noite de ontem, o treinador pôs fim ao sonho da diretoria tricolor. “Deixei o Bahia livre para que ele busque um outro treinador”, afirmou.
Geninho justificou que as negociações com o clube da Arábia Saudita avançaram na tarde de ontem. “Eu até gostaria de voltar a Salvador, mas as negociações são de números realmente muito altos”, confessou o técnico que ainda não acertou sua transferência para o exterior.
O treinador é bem conhecido da torcida baiana e do diretor de futebol do Bahia, Paulo Carneiro. O ex-presidente do Vitória contratou Geninho por duas oportunidades e estava confiante no acerto ontem. No Bahia, ele dirigiu o clube em 1997, quando a equipe sofreu seu primeiro rebaixamento para a Segunda Divisão do futebol nacional.
No Fazendão, com o apoio de Ruy Acioly no cargo de vice-presidente de futebol, Geninho perdeu o título estadual para o Vitória e, no Brasileiro, foi demitido com apenas 11 pontos conquistados em 11 partidas disputadas. A demissão do treinador à época já era esperada, de acordo com a edição do dia 26 de agosto de 1997, segundo a Tribuna, porque ele estava desgastado “pelos maus resultados e pela falta de comando no grupo”.
Com a negativa de Geninho, o Bahia reinicia seu “garimpo”. O segundo nome na lista era o de Ivo Wortmann, mas ele acertou o retorno para o Juventude. Marco Aurélio e Antonio Lopes também foram cogitados, mas logo descartados pela direção. A ideia é fechar o mais rápido com o novo técnico para ele comandar o time contra o América, no sábado. Com informações da Tribuna
João Marcelo fica como interino no Bahia
Enquanto a diretoria do Bahia corre atrás de um novo treinador, o ex-zagueiro João Marcelo, que estava trabalhando em um clube de Dubai, Emirados Árabes, vai comandar os treinamentos interinamente. Campeão brasileiro pelo tricolor em 1988, João era treinador do juvenil do Bahia até o meio do ano passado, quando foi convidado por Toninho Cerezo a trabalhar no clube de Dubai. Na manhã desta terça-feira (7), o ex-jogador comandou as atividades no Fazendão. Porém, o clube quer anunciar o novo treinador ainda nesta terça. Com informações de Éder Ferrari