Meu ciclo ainda não acabou no tricolor, diz Léo Medeiros

Enquanto o Bahia fazia o último trabalho tático visando o jogo deste sábado, 27, contra o Duque de Caxias, no Rio de janeiro, Léo Medeiros relaxava em sua casa, na Praia do Flamengo, a poucos quilômetros do Fazendão.

De bermuda e chinelo, assistia a Brasil e África do Sul e esperava o bolo, que exalava aroma tentador, sair do forno. Só interrompia o descanso para atender à imprensa, que o visitou não para falar de temas amenos, como a feliz estada de Léo em Salvador.

O que todo torcedor quer saber é por que o atleta, um dos que mais entrou em campo pelo tricolor em 2009 e o terceiro artilheiro do time, foi afastado e treina separado do grupo. Na quarta e nesta quinta, trabalhou a parte física pela manhã, com o também encostado Rychely.

“Foi uma decisão tomada exclusivamente pelo Gallo. Ele me chamou em sua sala e disse que não queria mais contar comigo. Disse que não é questão pessoal, e sim profissional. Prefiro acreditar nisso, mas não deixa de ser estranho, pois eu participei das melhores partidas do time e sou o terceiro jogador que mais fez gols”, defendeu-se.

Segundo ele, as melhores partidas do Bahia foram o primeiro Ba-Vi e o empate com o Coritiba, na capital paranense. “Joguei as duas vezes”, argumentou. Léo se diz chateado com a decisão do treinador, mas garante que não sente raiva e espera uma nova chance. “Acho que meu ciclo no Bahia ainda não acabou. Não vou torcer para o time perder, pois tenho vários amigos lá, mas no futebol tudo pode acontecer”, afirmou, dando a entender que o técnico Gallo pode cair a qualquer momento ou até mudar de ideia e reintegrá-lo. Sobre uma possível saída do clube, o meia garante que não dificultaria cobrando pagamento de multa rescisória. “Se isso realmente acontecer, serei o primeiro a tentar resolver a situação. Não vai precisar de multa. Nunca saí brigado e aqui não será diferente”, definiu.

Ele ainda revela que seu salário está em dia, tanto a parte do Bahia quanto a do Flamengo. “E o bicho pela meta alcançada em maio já foi pago”.

O que Léo acha mais estranho no seu afastamento é ter partido de Gallo. “No início do ano eu tinha propostas de times de Série A, mas preferi vir para o Bahia porque ele me ligou, falou do projeto, me elogiou, deu confiança. Agora, estou muito triste. Ele poderia ter explicado melhor essa decisão ou chegado e conversado sobre o que eu precisava melhorar”, disse ele, que prefere jogar como segundo volante, mas foi utilizado quase sempre mais à frente. “Tenho certeza de que me sairia melhor se tivesse jogado na minha posição”.

Totalmente adaptado a Salvador, onde mora com a mulher, Kenia, e a filha Júlia, de 8 meses, o jogador lamentaria se tivesse que partir logo, principalmente pelas grandes amizades que fez por aqui. “Esse é o melhor grupo que já trabalhei. Tenho liberdade para brincar com todo mundo”. (Adaptado do Jornal A Tarde)

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

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