Chamado a opinar sobre o incidente, Bobô, superintendente da Sudesb, órgão contratante da tal empresa, sem licitação por sinal, sob a alegação da urgência para liberação do estádio, se pronuncia a respeito. Reconhece o prejuízo tricolor, mas de forma bem sutil, bem ao seu modo, aproveita a oportunidade para criticar o Bahia de não haver fornecido uma previsibilidade de público para os seus jogos, nem a Outplan nem a própria Sudesb.
O que nos deixa perplexo sobre essa afirmativa de Bobô é que a grande propaganda sobre esta nova fornecedora foi justamente a não necessidade dessa informação por parte do anfitrião do jogo, já que os ingressos serão produzidos conforme a demanda, para que então a informação prévia da demanda de público? Melhor, porque será que Bobô está a introduzir esse novo elemento nas relações com o Bahia?
Outra pergunta que não quer calar, é: Se o Bahia é, conforme diz o estatuto do torcedor, o responsável pelo acesso, situação inclusive questionada pelo MP também, sendo a Outplan contratada apenas por conta da urgência alegada pela Sudesb, quando da entrega do estádio, porque Bobô já preparou uma nova licitação? Essa afirmativa de Bobô deduz claro, suas intenções de seguir controlando o acesso ao estádio, passando por cima do Estatuto do Torcedor, do desejo do Bahia, principal interessado e em desobediência ao Ministério Público.