Carpeggiani é o novo técnico rubro-negro

A torcida rubro-negra vivia um dilema típico de jogos de azar: deixa Ricardo Silva com a boa campanha e corre o risco da inexperiência do interino tirar o título do Estadual, ou traz o rodado Paulo César Carpeggiani e pode quebrar a boa fase do rubro-negro?. Mas a diretoria já colocou as cartas na mesa e vai apostar as fichas na segunda opção: acertou com Carpeggiani.

Segundo o gestor do Vitória, Jorge Sampaio, o contrato ainda não foi assinado, mas a transação já foi acertada. “Oficialmente, nós não assinamos com Carpeggiani. Mas ele chega no domingo e vamos acertar os últimos detalhes para anunciarmos para o torcedor”, garantiu.

Apesar da diretoria não confirmar o óbvio, o próprio Carpeggiani já está formando sua comissão técnica que deve assumir na próxima segunda. O primeiro deles é Júlio Camargo, o Julinho, que será o auxiliar técnico do Vitória. Nesta quinta-feira, 9, o profissional pediu demissão dos juniores do Grêmio, onde ele era o treinador. “Estou saindo, pois vou ser auxiliar técnico no Vitória”, disse Julinho para a Zero Hora.

Com o auxiliar, Ricardo Silva pode não continuar no Vitória, pelo menos não como o braço direito de Carpeggiani, como o diretor de futebol do Leão, Raimundo Queiroz, previa. “Não vamos mudar a comissão técnica. Vamos manter o que está, inclusive com Ricardo como auxiliar”, sonhou o cartola.

Mesmo com a certeza do novo comandante, o paradoxo na cabeça do torcedor vai continuar. Com Carpeggiani, todo o trabalho feito por Ricardo Silva pode ser modificado, já que uma nova comissão técnica está a caminho do Barradão. E isso pode ser ruim, principalmente na reta final do Baianão, caso os jogadores não assimilem a nova filosofia. Um exemplo disso foi a saída de Mauro Fernandes.

Segundo um funcionário do clube, que pediu o anonimato, o ex-técnico sofreu uma espécie de motim dos jogadores que não se habituaram com a forma de trabalho de Mauro, principalmente na parte física. “Eles queriam tirar o técnico e resolveram jogar mal. Mauro forçou muito nos treinos físicos”, disse.

Mas o que poderia acontecer caso a diretoria preferisse Ricardo Silva? Com a empolgação e interação entre elenco e técnico, a tendência seria o time crescer. Porém, perder o Estadual significaria a crucificação da diretoria por não ter trazido Carpeggiani.

O novo comandante estava parado desde 2007, quando treinou o Corinthians e acabou demitido por maus resultados. Porém, o treinador tem crédito, principalmente para a Série A. Com informações do A Tarde/Adaptado

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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