Bahia espera sair beneficiado com as mudanças na Série B

Virgilo ElisioDireitos de transmissão, comercialização de placas publicitárias e outras receitas para 2009. O campeonato Brasileiro da segunda divisão ainda não começou, mas uma reunião entre dirigentes na sede da CBF, na noite de segunda-feira, foi o palco de decisões importantes para a disputa da série B. Mas o encontro esconde uma briga política de bastidores.

Representantes dos 20 clubes que disputam a competição rescindiram o contrato com o Futebol Brasil Associados (FBA) e repassaram o direito de negociar os contratos para a CBF. A partir de agora, é a entidade que trata das negociações comerciais.

“Existem queixas dos clubes, já de alguns anos, no que diz respeito à administração financeira, por isto a CBF vai gerir a série B”, explica Virgilio Elísio, diretor técnico da CBF, responsável pelas decisões operacionais da Série B.

Ainda de acordo com Elísio, todos os objetos dos contratos foram mantidos. E, segundo ele, não haverá muito o que fazer, pois os principais espaços de mídias nos estádios já foram identificados. “E a CBF não fica com nenhum centavo”, ressalta.

O Bahia espera sair beneficiado a curto prazo. De acordo com o presidente Marcelo Guimarães Filho, contrariando o que disse Virgilio Elísio, (foto) os novos contratos prevêem injeção extra de R$ 600 mil em passagens e hospedagens, além de manter os outros R$ 600 mil em dinheiro (tevê e placas publicitária) que os clubes já recebiam. Com a negociação de novos contratos, o Bahia espera conseguir amealhar pelo menos outros R$ 300 mil.

A organização conjunta dos clubes é vista pelo dirigente como ponto-chave para impulsionar os lucros. “Falando em médio prazo e longo prazo, em qualquer situação, os clubes podem perder, desde que não se organizem. Não falo de organização interna, mas corporativista.

Tal organização não havia na FBA, pois só quatro clubes eram filiados à empresa. “Não se pode vender um campeonato sem a certeza que os grandes vão participar do mesmo rateio. Todo ano vai cair um ou dois grande”

As quedas de Corinthias e Vasco acentuaram a insastifação dos clubes com repasse de verba pela FBA. Uma comissão vai acompanhar as negociações com a venda de painéis publicitários no estádio e, eventualmente, alguma outra receita como a crescente venda de jogos pelo sistema pay-per-view. Integram a comissão, Bahia, Vasco, Portuguesa, Figueirense, Bragantino e Fortaleza

GOLPE – Além de elegerem um novo gestor para questões comerciais, os clubes praticamente dão um golpe fatal na FBA, que perde a razão da existência. O Pernambucano José Neves Filho, presidente da FBA, diz que vai recorrer à justiça. Mas é só o primeiro capitulo de uma longa novela. Estaria o Clube dos 13 também com os dias contados? Com informações do Correio

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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