Pensávamos que nosso presidente ia repetir a truculência dos antigos gestores do Bahia com a oposição, mas não, faz o contrário, e convida-a para conversar, mostrando o que se pode fazer agora e o que não se pode. Fazendo assim um papel brilhante de interlocução entre as pressões de estar dirigindo um clube de massa e a habilidade política de dialogar e explicar. Foi assim que a Revolução Tricolor foi recebida por Marcelinho, que explicou e garantiu a realização de antigos pleitos dos tricolores por eleições democráticas no Bahia e divulgação da lista de conselheiros do E.C.Bahia.
Contudo, nem tudo são flores no Bahia. Aparecem aqui e ali profundas injustiças; pois enquanto os profissionais do futebol ganham verdadeiras fortunas comparados ao trabalhador brasileiro comum, os funcionários do Bahia recebem cheques sem fundo para descontar. O problema ganhou a mídia, e saiu para o combate a tropa de choque do Bahia fazendo crer que tudo não passava de manipulação para atrapalhar o trabalho do jovem presidente. O presidente do Bahia procurou então explicar que tudo não passou de um mal entendido e que resolveria a situação dos salários atrasados, provando que pagara já meses atrasados e que estava preocupado com a situação de seus funcionários. Na verdade, toda vez que uma notícia ruim sobre o Bahia ganha a mídia muitos começam a achar que há uma sórdida trama para atrapalhar os planos do Bahia. Engraçado é que essas teorias conspiratórias ganham grande espaço no rival também, quando levantam razões para o Vitória temer sobre uma possível armação para o Bahia ser o campeão baiano de 2009. Ninguém apresenta nenhuma prova, fica tudo no plano das provocações e elecubrações sobre sórdidas tramas urdidas contra Bahia e Vitória.
Vamos ao Vitória, pois nem tudo vão as mil maravilhas. Um técnico já vôou e chegaram reforços, o rubro-negro começa a querer reverter a impressão inicial quando parecia já conformado com o discurso dos mau perdedores, aludindo a conspirações para explicar os próprios insucessos. Os jogos que o Vitória estão mandando em Pituaçu também ajudaram a calar a boca de muitos falastrões que estavam promovendo um linchamento vergonhoso contra a reforma do Estádio de Pituaçu.
O Estádio não só se mostrou necessário para a maior torcida do Estado, mas também reforçou nossa convicção, com as reformas do Barradão, que Pituaçu já deveria ter sido reformado em outros governos. Uma vez que o Estado não pode se furtar de promover o desenvolvimento econômico do Estado com ações que incentivem a movimentação de riqueza. Bahia e Vitória são clubes que representam o sonho de jovens garotos de um dia se tornarem ídolos. Retirando da indigência milhares de jovens, os clubes baianos geram riquezas pelas suas atividades com reflexos em restaurantes, bares e lojas de produtos esportivos e muitas outras atividades que giram em torno do futebol.
Maurício Guimarães