O empate sem gol distante do que os torcedores de Bahia e Vitória desejavam na ida a Pituaçu. E foi também menos do que merecia quem proporcionou a maior renda do futebol baiano. Os 30.423 pagantes geraram R$936.680.00. Por pouco, não quebraram a barreira de R1 milhão em jogos no estado. Ainda assim, bom para o Bahia, mandante do jogo e assim dono da gorda bilheteria. Convertendo para o dólar, a renda Top1: U$ 413.910.00, seguida por U$ 315.803.00 ( Bahia 0 x 0 Vila Nova, 25/11/2007) Brasil 2 x 2 Holanda (5/06/99) teve U$251.230.00. No Ba x Vi de 8/02/09, U$ 278.280.00
Ingressos não afastam crianças de Pituaçu
Mesmo com a reclamação de boa parte dos torcedores com a decisão da diretoria do Bahia de cobrar a entrada de crianças acima de cinco anos, a presença infantil foi grande na tarde de ontem no Estádio Roberto Santos, no Parque Metropolitano de Pituaçu. Contrariados ou não, os pais justificaram a decisão e o gasto a mais usando o argumento da grandiosidade e importância do clássico Ba-Vi.
Esse foi o caso do bancário Sérgio Gargur, de 41 anos. Acompanhado do filho Caio de nove anos e do sobrinho Gabriel de 11 anos, o torcedor do Bahia afirmou entender a decisão polêmica da diretoria do clube. “Essa é uma situação atípica. Em jogos importantes entendo que o clube cobre o ingresso de crianças sim.
Mesmo com a explicação do dirigente, o administrador de empresas Maurício Andrade, 34, estava contrariado na entrada do estádio. Também com um filho e um sobrinho, Andrade sugeriu a cobrança diferenciada para crianças. “Eles deveriam pelo menos cobrar metade do valor normal”, disse.
Satisfeitos ou não com o valor cobrado pelo Bahia para a entrada de maiores de cinco anos, os torcedores tricolores e rubro-negros tinham uma opinião em comum. “Para o Ba-Vi vale a pena”, afirmaram todos quando questionados sobre a decisão de levar seus filhos, sobrinhos ou conhecidos na tarde de ontem no Estádio de Pituaçu.
Um Ba-Vi de paz no Estádio de Pituaçu
O torcedor baiano mais uma vez deu exemplo de como se comportar dentro do estádio. Com o Estádio Roberto Santos, no Parque Metropolitano de Pituaçu, quase lotado, nenhuma grande ocorrência de conflito entre as duas torcidas foi registrada. Apenas muita festa, coreografias e cantos para incentivar os jogadores de Bahia e Vitória dentro de campo.
A tão esperada lotação máxima do Estádio Roberto Santos ainda não aconteceu. Mesmo com a venda de todos os ingressos para a arquibancada do clássico de ontem, Pituaçu não esteve completamente lotado. Com lotação máxima ou não, o que se viu ontem foi um grande espetáculo das torcidas. Se dentro de campo o placar não saiu do zero, nas arquibancadas as torcidas fizeram uma festa digna de um grande clássico. Liderados pelas duas maiores torcidas organizadas, os torcedores de Bahia e Vitória gritaram e cantaram por seus times quase que o tempo todo.
Fatos lamentáveis apenas do lado de fora do estádio. De acordo com a Polícia Militar, houve uma tentativa de confronto entre torcedores da Bamor e de Os Imbatíveis. Oito pessoas foram detidas e duas ficaram feridas. A cavalaria da PM, que evitou o embate, ainda apreendeu duas bombas caseiras com a torcida do Vitória. Já dentro do estádio, a polícia registrou um assalto a mão armada, mas não soube explicar como a arma entrou em Pituaçu. Com informações de Rafhael Carneiro da Tribuna Online/Correio
Penalti em Ramon?
O pênalti que a torcida do Vitória reclama não podia ser marcado pelo árbitro porque não tinha ele uma visão total do lance. A perspectiva do árbitro é infinitamente inferior aos diferentes ângulos das câmeras que cobrem quase o campo todo. Muitos jornalistas que cobriam o jogo também declararam que não viram nada. Só sob a análise detalhada da imagem poderia se cogitar que Patrício puxa a camisa de Ramon muito discretamente e, ainda mais, o lance revela que ambos estão disputando a bola, sendo muito comum os jogadores puxarem a camisa um do outro, sendo a intensidade e o tempo do puxão da camisa que qualificaria a falta e conseqüentemente o pênalti.
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