Um novo tempo

O Bahia está de forma invicta correspondendo à sua torcida com muito gols, foram até agora 16 gols. Em contrapartida, a sua torcida enche de alegria e entusiasmo o Estádio Roberto Santos, Pituaçu. Esse novo círculo virtuoso não é por acaso. Há alguns meses atrás a torcida do Bahia era só revolta e protesto. Agora, o que era revolta se renovou em esperança. Tudo começou quando a oposição e o novo presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho, acenaram para uma nova fase no tricolor; eleições diretas em 2011 e uma abertura política que possibilitasse espaço institucional para a cobrança e a fiscalização. Marcelo Guimarães Filho se comprometeu até final de fevereiro e início de março realizar uma nova assembléia para ratificar suas promessa de abertura política no Bahia.

Enquanto isso, a nova política de terceirização do futebol do Bahia vai dando muito certo. Invicto e com uma torcida apaixonada que é capaz de pagar R$ 30,00 e R$ 20,00 reais para assistir a volta do tricolor aos gramados de Salvador, o Bahia viabiliza seu renascimento. Uma grande torcida, abertura política e critérios de contratação são o tripé dessa virada por cima do tricolor. Não há como negar que em tudo isso há uma mão de um profissional competente e um líder nato por trás; tratá-se de Paulo Carneiro.

O mercado de futebol, hoje, tem que ser dinâmico e ágil para captar os anseios de seu torcedor. Segurança nos estádios e respeito ao consumidor parecem que fazem eco com as declarações dessa turma que anda afinada com um discurso progressista para o produto futebol. A necessidade de separar as torcidas foi uma dessas sugestões que apareceram; é verdade que não tevê êxito, mas a torcida tricolor já sabe que tem alguém preocupado com questões básicas de segurança, antiga reivindicação do torcedor, que sem dúvida faz uma diferença enorme nas arquibancadas.

Toda essa nova conjectura incomoda setores envolvidos com o atraso, que se repetem com declarações infantis sobre como deve ser o futebol. É preciso antes de tudo detectar os focos do atraso, eles estão ainda sobre uma cultura mais de circo do futebol das transmissões radiofônicas que tratando do futebol profissional. Investir em capacitação de seus subordinados não é uma má idéia para quem emprega tais funcionários envolvidos com comunicação. A qualidade, a atualização e a vontade de fazer diferente deviam ser o objetivo de quem quer ver o futebol de qualidade, inclusive de quem transmite o show de bola. Já não dá mais para ver a comunicação estagnada no senso comum e apelativa, com métodos de persuasão do torcedor da época da ditadura.

Maurício Guimarães

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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