Gallo e Mancini: Eles são brothers desde a infância

O mesmo futebol que une paixões, cores e credos ao redor do mundo do futebol causou a separação lá em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. As voltas da bola deram rumos diferentes aos amigos de infância Alexandre Gallo e Wagner Mancini – rodados até por Japão e Arábia Saudita antes de se colocarem frente a frente como técnicos de Bahia e Vitória, a dois dias do primeiro clássico de 2009.

Se a amizade entre eles dura 37 anos, a rivalidade também é de longa data. Tricolor como o Bahia, Gallo era torcedor do Botafogo de Ribeirão Preto, enquanto o rubro-negro Mancini vibrava com o preto e branco do Comercial. Sofria mais do que comemorava, admite. “Durante a nossa infância, nessas décadas de 70, 80 só deu Botafogo. Aquele time tinha Sócrates, Zé Mário, que depois serviram a Seleção, e Loríco. Mas antes disso, deu muito Comercial”

Separados por setes meses ( Mancini nasceu em 24 de outubro de 1966 e Galo, em 29 de Maio de 1967), os dois foram unha e carne até a adolescência. Fim de semana era tempo de andar de Bike e jogar bola juntos. Num desses “rolés”, Mancini ensinou que futebol poderia ser coisa séria. “ Ele tinha 12 e eu 11. Ele passou lá em casa de bicicleta e me levou para um teste na base do Botafogo. Passei 11 anos por lá” recordou Gallo. Antes, vestiram a camisa do Arca – Associação Recreativa de Cultura Antarctica, time amador de Ribeirão Preto. “isto era dente de leite”, diz Mancini.

Mas o futebol separou os dois na década de 80. O técnico do Bahia deslanchou como volante. O amigo seguiria o rumo dele a partir do Guarani de Campinas. “Jogamos contra: Guarani X Botafogo e Santos x Guarani, deve ter outros que não me lembro agora” pondera Gallo.

Diferenças à parte, os dois refletem como treinador algumas afinidades da infância. Na beira do campo, ambos privilegiam jogadores rápidos no meio e no ataque. E o esquema é bem parecido: André Luis, Jackson e Wiliiam dão os passes para o centro avante Washington. Beto cai na esquerda, Ananias na direita e Helton Luis pelo centro servem a referência Reinaldo.

“Não tenho um sistema preestabelecido. Monto o time pelas características dos jogadores. O Bahia tem uma equipe rápida e que pode mudar dentro dos jogos”, analisa o lado tricolor da história. Descontraídos, Mancini exige a paternidade do esquema. “Eu já jogava assim antes”, ri

Fora do gramando, outro comportamento semelhante. A imprensa ainda cria alguma resistência, mas aos poucos vai assimilando as restrições. Entrevistas com eles, só coletivas duas vezes por semana, além do habitual pós-jogo. As cartilhas ditam as regras. Resta saber quem leva a melhor no BA x VI. No histórico dos confrontos à beira do gramado, 2 x 0 Gallo: Santos 1 x 0 Paulista (2005) e Atlético-MG 2 x 1 Vitória (2008) Matéria de Eduardo Rocha/ Herbem Gramacho do Correio
Torcida do Bahia vai lotar o Barradão domingo
Camisa tricolor no corpo, sorriso estampado na cara e o hino do clube como trilha sonora. Esse foi o retrato do Bahia ontem. Fazia tempo que a torcida tricolor não acordava de tão bom humor. Um estado de graça proporcional à goleada de 6 a 0 aplicada sobre o Atlético de Alagoinhas, na quarta-feira, no Estádio Roberto Santos, no Parque Metropolitano de Pituaçu. Felicidade que fez com que dezenas de torcedores corressem aos pontos de vendas de ingressos para o Ba-Vi de domingo e garantissem presença, aumentando a promessa de uma invasão tricolor ao Barradão.

Com quatro vitórias consecutivas no Campeonato Baiano, o Bahia tem a possibilidade de assumir a liderança da competição no domingo, mesmo com um jogo a menos que o Vitória. Esse início de campeonato tão bom está fazendo despertar velhos hábitos entre os tricolores, como o buzinaço realizado na madrugada de ontem depois da goleada sobre o Atlético.Presidente da CBF diz que Salvador tem “boas chances” Após o sobrevôo que fez ao lado de dirigentes da Federação Intrenacional de Futebol (Fifa) na manhã desta sexta-feira, 6, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e presidente do Comitê da Copa no Brasil, Ricardo Teixeira, disse, em uma coletiva para a imprensa, que Salvador tem “boas chances” de ser uma das 12 subsedes da Copa de 2014. O governador do Estado Jaques Wagner também estava presente e falou sobre a infra-estrutura que a cidade possui para abrigar o campeonato. Veja aqui

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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