Agora só falta o camisa 10 no Bahia

A sabedoria popular do futebol ensina que o setor capaz de ganhar jogo é o meio de campo, por ocupar a maior faixa do gramado e interferir na defesa e no ataque. Pois se é assim, falta ao Bahia apresentar o camisa 10 para o torcedor mais fanático começar a fazer projeções.

Por enquanto, apenas os garotos Ananias, Jean Carlos e Silas, de 19, 22 e 23 anos, respectivamente, concorrem à função equivalente à do maestro da orquestra. Pouco, admite o treinador Galo. “A ligação entre meio e ataque é um setor onde existe carência de atletas”, falou em entrevista coletiva, no inicio da semana

A dificuldade é achar no mercado um meia de se encaixe no perfil desejado: bom, veloz e de graça. Para isto, o gerente de futebol Paulo Carneiro viajou para São Paulo e Rio de Janeiro, onde pode trazer também um atacante. “Do meio para frente, quero montar um time leve”, diz o presidente Marcelo Guimarães Filho. O que ajuda explicar a falta de interesse em Ramon Menezes e Marcelo Ramos.

O atacante Beto chegou ontem e, apesar dos 14 gols no estadual catarinense do ano passado, ele avisa que não é um típico centro-avante. “Gosto de jogar aberto pelas pontas, mas na velocidade”. Concorre com Paulo Roberto e Rychely.

Charles vai.

Fora dos planos do Bahia, o atacante Charles foi emprestado ao Joinville, até o final do ano. Disputará o Campeonato Catarinense e brigará por uma vaga na recém criada série D do brasileiro.

Contratado pelo Bahia após ter feito 14 gols no estadual de 2006 pelo Camaçariense, Charles nunca mostrou o faro de artilheiro no tricolor. Mas tem moral com a torcida por ter marcado, aos 50 minutos do segundo tempo, o gol da surpreendente vitória sobre o Fast, em 2007, que manteve a chance de classificação para a Série B, que acabou acontecendo.

Rogério fica.

Enquanto Charles foi, Rogério vai ficar. O Paraná desistiu de contratar o zagueiro de 27 anos por empréstimo. “O Bahia não vai liberar o jogador, então desistimos. Infelizmente não deu certo” declara o gerente de futebol do Paraná, Beto Amorim. Treinado por Paulo Comelli, que comandou o Bahia em 2008, o Paraná já contratou Nei, goleiro do Vitória, o meia Kleber e o volante Edimar do Conquista (Correio desta sexta-feira)

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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