Um Modelo Profissional de Gestão para o Bahia

“E o Santa Cruz, sobre a terra arrasada por diminutivos, volta a semear sementes de grandeza. Profissionaliza-se. A gestão de futebol, amador e profissional, começa a ser feita de forma responsável, planejada, criteriosa. Nada de arroubos ridículos (“ Nosso treinador será Evaristo de Macedo. E ele trabalhará de graça”!) nem dependência de eternos “abnegados e beneméritos” – ou seus netos, sobrinhos, filhos, amantes, agregados… Um clube devolvido à sua torcida, seus sócios, seus conselheiros.”

Poderia parafrasear assim este parágrafo do sítio do “torcedorcoral.com”, escrito por Josias de Paula Jr., que se intitula de “O Recomeço”:

“E o Bahia, sobre a terra arrasada dos “eternos” e de abnegados senhores donos da verdade, volta a semear sementes de grandeza. Profissionaliza-se. A gestão amadora começa a ser responsável, planejada e criteriosa. Nada de arroubos ridículos de beneméritos e abnegados: (“Muitos funcionários trabalharão de graça”)! Nem dependência de netos, sobrinhos, filhos, amantes e agregados… Um clube como o Bahia retorna à sua torcida, seus sócios e seus conselheiros.”

Gostaria que fosse um dado de realidade este último parágrafo inspirado no texto do Josías Jr., mas não é assim ainda que as coisas caminham no nosso Bahia.

Como ainda estamos longe da Tevê Corinthians e de uma democracia como a do Internacional, que já tem o seu estádio particular reformado…! No nordeste, o Santa Cruz reforma o seu “Arrudão” e toda a sua estrutura. Provavelmente será sede o “Arrudão” de jogos da Copa do Mundo. Assim, os tricolores corais deverão em breve deixar para trás os co-irmãos nordestinos. Os tricolores chamam as obras estruturais no seu clube de PAC, Plano de Aceleração Coral.

Enquanto isso, o Bahia ainda deverá se ajustar aos ditames do profissionalismo para receber o Estádio de Pituaçu, pois o governo não tem intenção de fazer uma parceria com um clube institucionalmente arcaico e com um Estatuto da época em que os “coronéis” manipulam como querem um conselho recheado de agregados e da parentada. Será que o nosso presidente vai conseguir, com tanto personalismo e rixas dentro da própria situação, comandar o clube com tranqüilidade? Maracajá parece que já é oposição ao jovem presidente por causa da presença de Paulo Carneiro no Bahia.

Esta revolução nos moldes do modelo adotado pelo Santa Cruz também se faz necessário no Bahia do “Quarto Poder”. A imprensa baiana abre um espaço demasiado para setores conformistas com a situação de amadorismo e personalismo que impera no Bahia. Desta forma, a imprensa baiana pulveriza seu papel de formadora de opinião pública isenta e imparcial para fazer um papel mais conveniente aos interesses particularistas.

Maurício GuimarãesPS.: Agradecimentos ao sítio do “torcedorcoral.com”, de onde obtive valiosas informações e textos sobre a modernização dos clubes de futebol.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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