Será que agora largam o osso?

O futuro do clube de futebol mais popular da Bahia será decidido em menos de um mês. As eleições que podem mudam significamente ( ou não, como diria Caetano Veloso) o quadro diretor do Esporte Clube Bahia acontecem entre 1º e 15/12. Os atuais (e eternos?) prometem abrir espaço a novos grupos, mas setores da oposição vêem o processo eleitoral com desconfiança.

Não é para menos. Desde que Fernando Schmidt deixou a presidência tricolor, em 1979, o mesmo grupo dita os rumos do Bahia. Pior: o comando, mesmo que extra-oficialmente, está nas mãos de uma única pessoa, Paulo Maracajá, que atualmente é conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios.

O fato concreto é que há quase sete anos o time não ganha uma única competição de futebol profissional – a última foi o campeonato do nordeste, em 2002 – e chega ao final da série B de 2008 sem chance de voltar à elite. E Isto é apenas mais um capítulo da triste história recente do clube e culpa do grupo que não larga o osso.

Ao longo dos últimos anos, o Tricolor perdeu credibilidade junto a investidores e virou alvo as piores gozações: o “esquadrão de aço” virou “ex-esquadrão de aço” na boca dos torcedores do Vitória.

Agora, nas arquibancadas, nos bares e babas, a nação Tricolor discute o destino do seu time. O que todos querem saber, é se as eleições de dezembro realmente vão servir para mudar alguma coisa ou se, como dizem, a velha turma vai continuar roendo o osso.

A esperança é que o gigante esteja apenas adormecido. O medo é refletido nas palavras do empresário Fernando Jorge, que já foi o candidato da oposição na última eleição, em 2005, e está à frente do movimento Unidade Tricolor: “Se não mudar tudo, vai ser mais um Ypiranga. Vai fechar as portas”É importante ficar de olhos abertos..

Quando o assunto é eleição quem está no comando do tricolor se esconde. O presidente Petrônio Barradas e o diretor de futebol Ruy Accioly foram procurados pelo Jornal da Metrópoles no Fazendão. Os dois estavam no centro de treinamento, mas se recusam a falar com a reportagem. Fernando Jorge, no entanto, vê o silencio com desconfiança. “Na última eleição, eles também disseram que não iam concorrer, mas Petrônio se inscreveu ás 17 horas de uma sexta-feira para uma eleição que seria realizada na segunda-feira. “São uns traidores” bradou. Portanto é importante ficar de olhos abertos.

Um influente membro do conselheiro deliberativo, que pediu para não ser identificado, informou que atualmente estão havendo conversas de bastidores para tentar que alguns conselheiros que tradicionalmente votam com o grupo da situação aceitem o acordo em torno do nome de Reub Celestino, atual presidente da Empresa Baiana de Alimento como candidato único.

Leia a matéria completa sobre a situação política do Bahia no Jornal da Metrópoles clicando aqui

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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