Marcelinho: “Não sou candidato de Maracajá”.

O grupo que comanda o Bahia há quase 30 anos pode estar rachado. Marcelo Guimarães administrou o clube de 1997 a 2005, com o apoio de Paulo Maracajá, que foi presidente de 1979 a 94.

Porém, às vésperas de uma das eleições mais importantes da história tricolor, em que o primogênito de Guimarães está prestes a anunciar sua candidatura, a dupla de cartolas não estaria se entendendo com o nome de ‘Marcelinho’, que retruca: “Não sou candidato de Maracajá”.

Nesta quarta-feira, 19, à tarde, o advogado do conselheiro, Celso Castro, condenou a pretensão do jovem político. “Primeiro, por ele ter que estar sempre em Brasília, e o que o Bahia mais precisa é de um presidente junto, trabalhando diariamente. Como administrar nessa condição? Segundo, tem o exercício da função parlamentar, que cria restrições”, garantiu.

Castro assegura não ter nada contra Guimarães Filho, mas tanto ele quanto Maracajá crêem que a melhor solução para o Bahia seria um nome de consenso, que estava caminhando para ser o de Reub Celestino. “Eu sempre achei estranha essa história de deputado presidente de clube de futebol”, criticou.

Procurado pela reportagem, Marcelinho deu sua resposta. “Celso Castro é um grande jurista. Se não me engano, foi até meu professor na faculdade e o advogado do Bahia naquele processo do Barradão, em 99, na história do Itapagipe, mas acho que, nesse ponto, ele está equivocado”, disse, citando exemplos de outros dirigentes que atuam no Congresso Nacional, como Márcio Braga e Eurico Miranda.

Sobre o fato de Maracajá não estar mais ao seu lado, mostrou tranqüilidade. “Eu não sei se ele está brigado com meu pai, não tenho conhecimento disso. A verdade é que não sou candidato dele e se ele vai ficar chateado ou não, isso não me diz respeito… Vai ter que esperar passar a chateação”, disparou.

Assembléia – Após mais de cinco meses da reunião da diretoria tricolor com os líderes das maiores torcidas organizadas – Jorge Santana (Bamor) e Rosalvo Castro (Povão) –, finalmente foi convocada a assembléia que poderá definir mudanças no estatuto do clube. O ponto principal é a instauração de eleições diretas em 2011.

A data: 26 de novembro, próxima quarta-feira, na sede de praia, na Boca do Rio. A primeira convocação será às 17h30 e a segunda, às 18h30, quando será iniciado o encontro, independentemente do número de associados presentes no local.

O grupo Revolução Tricolor promete comparecer em peso à sede, com sócios vindo até de outras partes do País. Segundo o diretor Leandro Fernandes, são 52 que estão dentro do movimento, fora aqueles que simpatizam, mas ainda não se integraram aos revolucionários.

O objetivo deles não é que a reforma discutida no encontro entre dirigentes e organizadas seja aprovada, mas sim a proposta feita por eles, que prevê eleição direta ainda neste ano.

“Vamos nos reunir neste sábado para definir como será nossa estratégia na assembléia. Queremos que seja votado também o nosso estatuto”, disse Leandro, que fez um apelo dramático aos chamados sócios remidos. “Compareçam para salvar o Bahia. Pode ser a última chance”.

Jorge da Bamor já se mostra insatisfeito com o acordo. “Eu me arrependo um pouco. Acho que poderia ter acontecido coisa melhor com aquela invasão, mas não tive apoio necessário da torcida e, agora, parece que já era”. Matéria do Jornal A Tarde.“No laço da jega”

A opinião não é minha. É um comentário do BLOG de alguém que assina como anônimo e parece conhecer as coisas dentro do Bahia. Anunciou aqui também, com um dia de antecipação, a indicação de Marcelo Filho, à noite os jornais estamparam como novidade. Por partilhar com grande parte de seu comentário, peço licença ao tempo que tomo, a ousadia de trazer para a página principal do BLOG as suas considerações que, gostando ou não, creio que colaboram para o debate acerca da situação política do Bahia.O Comentário

Verdade mesmo é que nós estamos, como se diz lá no interior, “no laço da jega”. Analisemos: Ninguém no mundo, em tempo algum, abdicou de seus direitos, quando mais, a favor dos seus detratores.

Por lei os conselheiros elegem o Presidente e demais membro do E C Bahia. Sabemos que ninguém vai abrir mão de seus direitos, a não ser, como foi o caso de PM que negociou seus votos no conselho a favor de Reub, mas muito sabido, capitalizou sozinho isso, Pronto!
Com a candidatura de MGzinho, fica caracterizado que o poderio de Paulo Maracajá tem suas limitações, ficou provado agora. Isso não é tão somente um racha, como alguns querem caracterizar. O Conselho do Bahia, assim como qualquer outro seja em time de futebol, empresas e até nas igrejas, funciona assim: Os lideres indicam os seus conselheiros, a quantidade deles vale o peso de cada um no mitier.

Paulo Maracajá tem os seus voto, Marcelo Guimarães tem os seus, Schimidt tem os seus, e outros e outros lideres, tem cada qual o seu. Consenso é muito difícil, porém com habilidades políticas vai-se agregando votos para a disputa.

O que acontece no Bahia é que os que estão na oposição, ao invés de trabalharem suas bases com argumentação mais que suficiente da necessidade de uma mudança por conta de credibilidade, fator prepodenrante nesta hora, preferem pelas vias da agressão aos que detém o voto, em assim sendo, jamais vai conquistar a vaga.

Podemos espernear fazer movimentos, tudo é valido, mas não são suficiente para se ocupar tão importante cargo na Bahia. Só tem uma saída. NEGOCIAÇÃO, o resto é bravata e discurso fácil

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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