Fonte Nova será reconstruída, com ou sem Copa do Mundo

Toda a equipe do governo do Estado que esteve no Rio de Janeiro, participou da apresentação de ontem em Salvador para os jornalistas: o secretário do Trabalho, Nilton Vasconcelos, o chefe-de-gabinete do governador, Fernando Schmidt, o diretor-geral da Sudesb, Raimundo Nonato Tavares (Bobô), e a secretária de Planejamento do município de Salvador, Kátia Carmelo, e o secretário de Comunicação do Governo, Robinson Almeida. Embora o clima fosse de otimismo, uma pergunta era inevitável, feita no final dos trabalhos, e o governo quis mostrar força e união:

“E se Salvador não for escolhida pela Fifa como uma das subsedes da Copa do Mundo de 2014?”. A resposta, imediata, veio do chefe-de-gabinete do governador Jaques Wagner: “O projeto da nova Fonte Nova não sofrerá solução de continuidade, será construído de qualquer forma”, garantiu Fernando Schmidt.

Dentre os critérios utilizados para a escolha do equipamento, está à opção do estudo apresentado em utilizar parcialmente a estrutura já existente, a qualidade plástica da cobertura que será adotada, ter correspondido às principais exigências do Caderno de Encargos da Fifa, além da experiência testada e bem-sucedida no estádio de Hannover, que também foi reformado e em 2006 sediou jogos da Copa. A Setepla está associada ao consórcio alemão Schulitz, executor do estádio na cidade alemã.

A abertura da Fonte Nova, conhecida como ferradura, será preservada e a capacidade do novo estádio será de 55 mil pessoas, podendo chegar até a 60 mil, com instalação de arquibancadas provisórias. para sediar jogos de semifinal e final da Copa do Mundo. O anel superior será substituído por um totalmente novo, que abrigará 36 camarotes de aproximadamente 60m2, um salão para o Museu do Futebol, restaurantes e cafés. O custo inicial previsto para a requalificação do novo estádio é de R$ 230 milhões.

Isenção do ICMS para construir a Fonte Nova

Para viabilizar a construção do novo estádio da Fonte Nova, o governo da Bahia estuda um modelo de viabilidade econômica que tem como base a cessão de uso da “arena esportiva”, mais interessante para a administração estadual, que ficaria responsável pelas intervenções de infra-estrutura do entorno da praça esportiva.

“Uma coisa que também agradou os representantes da Fifa e da CBF foi a isenção de ICMS na compra de materiais de construção para as obras do estádio, anunciada na reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), na semana passada, assim como a liberação do imposto por parte da prefeitura de Salvador nas tarifas hoteleiras”, disse o chefe-de-gabinete.

Além disso, o governo do Estado pretende disponibilizar gratuitamente uma rede digital de transmissão de dados para facilitar o trabalho da imprensa e profissionais de diversas áreas. No setor de transporte, o plano é de parceria com a administração municipal, estabelecendo um sistema intermodal de integração, com a utilização do metrô e outras ferramentas, para reduzir o tempo de percurso entre o aeroporto e hotéis da praça esportiva. Com informações da Tribuna da Bahia

Jorge Sampaio não descarta Vitória na Fonte em finais

A nova Fonte não será descartada dos planos do Vitória. O novo projeto, além de ter a intenção de ser sede da Copa de 2014, pode contar com o rubro-negro, principalmente quando o jogo do clube jogar em clima de decisão.

Para o presidente do Vitória, Jorge Sampaio, ter o Barradão não significa descartar o novo estádio soteropolitano. “Ainda não vi o projeto aprovado, mas só escuto elogios. Numa final de campeonato, seja Copa do Brasil, Libertadores ou outras competições não descarto a possibilidade de mandar jogos deste porte para a futura Fonte Nova. Nossa torcida também deve usufruir da nova praça esportiva”, disse.

A história mais antiga do Leão tinha o estádio também como moradia. Sem o Barradão, o Vitória atuava na Fonte e tem muito assunto pra contar. O primeiro contato com casa cheia foi em 1971, na inauguração do anel superior. A partida terminou com um tropeço diante do Grêmio, por 1 a 0. No mesmo dia, o Bahia também atuou, contra o Flamengo. Foram 94.972 pessoas participando da festa.

O segundo maior público do rubro-negro na Fonte foi no vice brasileiro de 1993, quando 77.772 pagantes viram Edilson marcar o único gol do jogo e a favor do Palmeiras. No primeiro Ba-Vi no campo localizado no Dique do Tororó, o rubro-negro tomou 6 a 1, em 1952. Entretanto, o último confronto no clássico antes da tragédia só tem boas lembranças da turma vermelha e preta. Foi no histórico 6 a 5, em 2007.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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