Bahia e Corinthians: Mundos diferentes

Bahia e Corinthians integram a série B e ao mesmo tempo vivem em dois mundos completamente diferentes. Enquanto o Bahia convoca o torcedor para encher o Jóia da Princesa, sábado, e ajudar o clube a quitar salários atrasados, no Corinthians, o orçamento passou a ser de primeira após a queda para a segundona – saltou de R$ 5.5 mi e agora beira R$ 8 mi por mês. O Bahia arrecada em torno de R$ 1 mi mensais.

A solução corintiana também foi aproveitar a paixão da torcida. Não no estádio, mas principalmente fora dele. O setor de Markentig assinou contrato com a Rede de Globo de R$ 3 milhões pela exibição dos jogos. Venda de placas publicitárias gerou sete milhões, o suficiente para compensar os nove milhões perdidos em cota de TV com o rebaixamento.

As receitas de Markentig do Bahia também cresceram de R$ 180 mil para R$ 300 mil mensais, impulsionadas pelo acesso da série C para a série B. A soma inclui os patrocínios da FIAT, Vedacit e Incomaf, vendas na loja virtual, camisas e placas de publicidade. A próxima aposta é o 3º uniforme, que estreará em um dos jogos da série B, a definir. Outro terceiro uniforme será lançado em 2009.

Também este ano, o Corinthians lançou o terceiro uniforme roxo, que gerou lucro com as vendas. Antes do jogo contra o Brasiliense, o torcedor pôde ligar para escolher com que roupa o Corinthians atuaria. A cada ligação, 1 reais no clube. E no último jogo em casa contra o Avaí, será lançado o uniforme especial do acesso, com 400 fotos de corintianos na camisa. Mas o amor custa caro: R$ 1 mil pelo espaço de cada foto.

Guardada as devidas proporções, de não estar no estado mais rico na nação, não ser tetra campeão brasileiro e nem ter a segunda maior torcida do país e espalhada por todo o Brasil, por que o Bahia não faz o mesmo? “O Corinthians esta aproveitando o bom momento pós queda. Se a gente for comparar com o Bahia, isto equivale aqui o ano de 2004” esquiva-se o diretor de Markentig tricolor, Marco Costa, que só assumiu em 2005

Em 2004, o time acabava de cair e fez, campanha suficiente para caminhar lado a lado com o torcedor até a reta final. Sem a Fonte Nova e com a trajetória ruim em 2008, Costa viu ruir sua menina-dos-olhos. O programa de sócios onda tricolor minguou de 1.700 pagantes em 2007 para 800. Informações de Herbem Gramacho do Correio

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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