Depois da nota oficial do Governo do Estado desautorizando qualquer iniciativa para a venda de ingressos para o jogo Bahia x Corinthians, que seria realizado dia 18 de outubro no Estádio Pituaçu, a diretoria do Bahia, que tinha colocado por conta própria 10 mil ingressos à venda, suspendeu o atendimento ao torcedor e anunciou, através do site oficial do clube, que as vendas estão suspensas. O estádio não tem ainda data prevista para ser reinaugurado.
E mais: os cartolas do tricolor prometeram devolver o dinheiro de quem adquiriu os bilhetes. A venda antecipada dos ingressos, anunciada pelo cartola tricolor Rui Acioly como “uma grande jogada de marketing” para antecipar receita para o clube, que está com salários (vários meses) atrasados com jogadores e funcionários, não passou, portanto, de um verdadeiro “tiro no pé”.
Na verdade, o que o Bahia queria mesmo era pressionar o governo e mostrar para o seu torcedor que se não houver jogo contra o Corinthians, dia 18 de outubro, a culpa era do governo do petista Jaques Wagner. Com isso, apostavam em conseguir votos para o canditado a prefeito preferido dos cartolas do clube, ACM Neto.
Segundo comentários hoje no “mundo do futebol” da Bahia, a iniciativa para a venda pirata de ingressos foi do conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios, Paulo Maracajá, que exerce, de fato, a presidência do Bahia. Maracajá foi apadrinhado do ex-senador Antonio Carlos Magalhães, de quem ganhou o emprego vitalício no TCM.
O envolvimento da cartolagem do Bahia com ACM é antigo. Além de Maracajá, Marcelo Guimarães, ex-deputado estadual e ex-presidente do tricolor, sempre teve grande influência no governo estadual, até que foi preso por uma operação da Polícia Federal por envolvimento com licitações fraudulentas. Informações do Jornal Midia da qual concordo plenamente.