E agora? MP quer parar obras de Pituaçu

Um dia após a diretoria do Bahia dizer que não vai, definitivamente, jogar no Estádio Manoel Barradas, o Ministério Público Estadual voltou a “jogar um balde de água fria” nas pretensões do clube, de mandar seus últimos jogos pela Série B do Campeonato Brasileiro, em Salvador, no Estádio de Pituaçu.

A promessa do governo do Estado era de que o Bahia estreasse no novo estádio, no próximo dia 18 de outubro, na partida contra o Corinthians. Mas se antes existia a dúvida com relação ao tempo hábil para a finalização das obras, agora o problema é outro: as promotoras de justiça Heliete Viana e Rita Tourinho voltaram a alertar sobre a ação civil pública que está em trâmite na Justiça, que solicita o embargo das obras.

No último mês de março, as promotoras juizaram ação civil contra o Estado da Bahia, a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado (Conder) e a Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), requerendo, em caráter liminar, a suspensão das obras de requalificação do Estádio de Pituaçu. Na ação, as promotoras alegam as ilegalidades com a dispensa de licitação para contratação direta efetivada com as empresas Construtora NM Ltda., Empresa Brasileira de Engenharia S/A (Ebrae), GHIA Engenharia Ltda., WB Construções e Montagens Ltda. e DAG Construtora Ltda, responsáveis pelas obras do estádio.

De acordo com a promotora Rita Tourinho, as obras podem sim ser embargadas, uma vez que os trabalhos estão sendo realizados sem licitação. A reforma do estádio está orçada em 30 milhões de reais e foi iniciada em caráter emergencial. A promotora disse que “obras emergenciais são compreendidas em casos que envolvem saúde, segurança e educação, mas que, para entretenimento, a emergência não é justificada”. Para que as obras do estádio sejam paralisadas, o Ministério Público depende do Juiz da vara onde ocorre a ação. Então, isso significa que a decisão do juíz pode ser tomada a qualquer momento, deixando a diretoria e os torcedores do Bahia mais uma vez com a mão na cabeça. Com informações da Tribuna da Bahia

MP colhe depoimentos sobre a invasão do Fazendão

Petrônio Barradas, o preparador físico Dudu Fontes e os atletas Fabiano e Elias prestaram depoimento ontem ao promotor de justiça Nivaldo Aquino, na sede do Ministério Público. Aquino pediu detalhes da invasão do fazendão por integrantes da terror tricolor. O presidente da organizada, Carlos Ronei de Melo, também irá depor Nada de novo. De novo.

Fugindo das condições do gramado, o treino ontem no jóia da Princesa não pode ser observado pelos torcedores, pois foi realizado de portas fechadas. As câmeras de TV também tiveram que ser desligada. O Motivo? “Privacidade” justificou o supervisor de futebol Roberto Passos. O extraordinário acontecimento foi inicialmente uma reunião da comissão técnica e jogadores no circulo central do campo, seguido por um aquecimento e, por fim, um coletivo tático, como muitas vezes acontece no fazendão. Fim do mistério. Nada de novo. De novo.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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