Um Vitória mais veloz contra Atlético

O Atlético do Paraná pode até acreditar que sem os seus quatro jogadores emprestados ao time baiano – Viáfara, Carlos Alberto, Rodrigão e Dinei – terá pela frente, hoje à noite, no estádio Manoel Barradas, um Vitória mais fraco, prejudicado pela ausência de alguns dos seus titulares. Mas, como diz o ditado popular “o feitiço pode virar contra o feitiçeiro”. Pelo menos, o que se viu no trabalho de ontem à tarde no Centro de Treinamentos da Toca do Leão, foi uma equipe bem mais veloz com o aproveitamento de Guilherme, ex-Muriqui, de 22 anos, ao lado de Williams, de 19, e Marquinhos, de 18 anos.

Vágner Mancini está aproveitando a ausência dos quatro jogadores do Atlético Paranaense, e do lateral-direito Marco Aurélio, suspenso pela 3ª advertência do cartão amarelo, para justificar dúvidas e manter um clima de mistério sobre a escalação do Vitória no jogo desta noite, válido pela 16ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. Um jogo em que o bicampeão baiano tem obrigação de vencer para se manter no G-4, ou até dividir a liderança da 1ª Divisão, em caso de tropeços de Grêmio, Flamengo e Cruzeiro nesta rodada.

Embora a imprensa do sul do País, principalmente do Paraná, esteja “valorizando” os cinco desfalques do Vitória nesta partida contra o Atlético Paranaense, o time baiano não deve sofrer solução de continuidade, já que as opções do técnico Vágner Mancini vinham jogando regularmente, e estão integrados ao grupo, como o goleiro Ney, o ala Rafael e o atacante Guilherme, e devem conseguir manter o ritimo nos jogos dentro de casa, onde a equipe venceu seis vezes.

Após os trabalhos de ontem à tarde no CT da Toca do Leão, Vagner Mancini convocou 19 jogadores para a partida desta quarta-feira, às 19h30, contra o Atlético-PR, no Barradão. Com informações da Tribuna da Bahia

Uma novela sem fim

A novela relativa ao uso do Barradão pelo Bahia continuou no dia ontem (29) com mais um capítulo. A Petrobras, através de um representante, formalizou à diretoria do Vitória uma proposta de R$ 4 milhões para que o Bahia jogue no Manoel Barradas em troca de financiamentos em reformas solicitados pelo presidente rubro-negro Jorge Sampaio. No trato, a gigante do petróleo se comprometeria a investir o dinheiro na construção da cobertura do Barradão, cadeiras e melhoria dos estacionamentos, entre outras intervenções, para permitir que o Bahia jogue cinco ou seis partidas no estádio, até que Pituaçu esteja em condições de abrigar o Tricolor.

A Petrobras também colocaria placas e banners publicitários pelo gramado e nas dependências da praça esportiva visando lucros em imagem, uma vez que o estádio apareceria em transmissões esportivas das séries A e B. Os integrantes do Conselho Deliberativo do clube não gostaram nada da idéia de ter o arquirrival em seus domínios, tal qual continuamente foi afirmado ao longo da novela, mas a diretoria rubro-negra, desta vez, foi balançada pela oferta e tem grandes chances de aceitá-la. Uma reunião extraordinária entre o conselho e os cartolas deverá acontecer na quarta-feira, pouco antes da partida contra o Atlético-PR, que pode formalizar o aceite ao recusa da proposta. – Lucas Esteves do Bahia NoticiaTalvez não seja nada disso Acho que estou por fora de alguma coisa. É esquisito esse desejo do governo do estado para que o Bahia jogue a qualquer custo no Barradão, inclusive cedendo ás mais absurdas exigências. Talvez seja uma estratégia para desgastar o já desgastado Bahia, talvez o estádio de Pituaçu não fique pronto ainda este ano como prometido, talvez seja já alguma manobra para que os rubros-negros abram mão de uma eventual participação da licitação do estádio de Pituaçu, talvez seja uma manobra eleitoreira visando ficar bem com a torcida do Bahia e com a do Vitória também, talvez não seja nada disso. Uma coisa me parece certa, é, nem que seja apenas um jogo, o Bahia jogará no Barradão ainda neste campeonato, afinal, se tomate tem preço, porque o Vitória não?

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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