Repetir a escalação vira luxo no Vitória

As suspensões de Marco Aurélio e Viáfara, aliadas à cláusula que impede os emprestados Rodrigão, Dinei e Carlos Alberto de atuarem contra o Atlético-PR, amanhã, às 19h30, no Barradão, reforçam rotina a que Vágner Mancini se acostumou no Brasileiro. Após 15 rodadas, jamais o Vitória repetiu a escalação em dois jogos consecutivos.

Cartões e problemas médicos são os principais causadores das mudanças, enquanto os ajustes tentados pelo técnico causaram alterações no início. Assim, embora o torcedor tenha na ponta da língua o time, este completou ontem um mês sem atuar junto. A última vez foi no 3×0 diante do Goiás, pela 8ª rodada. Todos os titulares estiveram à disposição em outras quatro oportunidades, mas não eram os mesmos ‘‘11’’ _ Viáfara, Marco Aurélio, Leonardo, Anderson Martins, Marcelo Cordeiro, Renan, Vanderson, Willans, Ramon, Marquinhos e Dinei.

Mancini comemora o rendimento dos reservas, caso de Rafael, mais uma vez escalado na lateral, e do goleiro Ney. “Tenho boas opções e muita gente ainda para ser aproveitada”, diz, sem citar nomes. Ele reconhece o ônus que existe por ter no grupo casos como os de Leandro Domingues e Heverton, mas afirma não poder fazer muito. “Neste ponto, eu acho que depende muito mais do atleta do que de mim”.

Contra o rubro-negro paranaense, mudança na forma de atuar. Pela primeira vez, o time jogará sem Dinei e Rodrigão. Assim, Muriqui deve ser parceiro de Marquinhos, com ataque mais veloz, porém sem a presença de centroavante referência nas bolas cruzadas na área adversária e apto a se posicionar de costas para os zagueiros, como pivô no futsal. Problema aparente, embora o São Paulo tenha jogado assim no Barradão – sem Aloísio e Borges, utilizou Dagoberto e Éder Luís – e vencido por 3×1. A habilidade e velocidade da dupla foi fundamental. Cada um fez um gol.

Com atraso,contas são aprovadas

Pelo menos no quesito transparência com o torcedor, o Vitória dá as mãos ao rival Bahia. A demora em apresentar as contas do EC Vitória _ marca atribuída com freqüência ao tricolor _ também está presente no rubro-negro, que, somente ontem, julgou as contas dos exercícios 2005 e 2006 – a era Paulo Carneiro terminou em setembro de 2005.

Agora, falta apresentar o balanço de 2007, o que foi prometido até outubro pelo vice-presidente Carlos Falcão. Ele justificou a demora com a dificuldade de fechar a contabilidade por falta de registros da gestão anterior, mas reconhece que, desde que a equipe de Alexi Portela Júnior assumiu, a prioridade foi recolocar o clube na Série A e os outros assuntos acabaram relegados. Fundo de investimentos já funciona
Conforme o Correio apresentou com detalhes na edição de sábado, o Vitória lançou ontem o Fundo Rubro-negro de Investimentos, que negocia 20% dos direitos econômicos de 14 atletas juntos, através de 120 cotas de R$20 mil cada. Jogada de risco, pois há de jogadores no auge da badalação, como Marquinhos, 18 anos, a desconhecidos. Veja a lista: Anderson Martins, Reniê e Victor Ramos, zagueiros; Apodi, lateral; Ramirez, volante; Bida, Kleiton Domingues, Leandro Domingues e Willans, meias; Elkeson e Marquinhos, meias-atacantes; Adriano, Índio e Stefan, atacantes Com informações do Correio da Bahia

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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