Haja mudança da noite para o dia. Após ter declarado na edição de ontem do Correio da Bahia que o dinheiro referente à venda de Obina ao saudita Al Ittihad, em 2004, ainda não havia sido liberado pela Fifa aos cofres do Vitória, o presidente da S/A, Jorginho Sampaio, afirmou o oposto, ontem à tarde. “(José) Perdiz (diretor financeiro) me falou que já entrou na conta mesmo. Entrou terça-feira”, assumiu.
O discurso do dirigente mudou um dia após o empresário Antônio “Guga” Gustavo, da Antoniu’s Assessoria Esportiva, ter garantido que a Fifa já havia depositado os US$3,01 milhões (R$4,84 milhões) na conta do clube. Guga espera receber do Vitória uma dívida acumulada na gestão de Paulo Carneiro, hoje em torno de R$300 mil, e ficou aborrecido porque Sampaio e Alexi Portela Júnior, presidente do EC Vitória, prometeram pagar o débito assim que o dinheiro do caso Obina chegasse, mas ainda não cumpriram a palavra.
Ontem, o presidente da S/A confirmou o acordo e admitiu pagar o empresário, que encaminhou o caso ao setor jurídico da Antoniu’s. “Cada dia o Vitória diz uma coisa. Quando eu soube que o dinheiro tinha chegado e eles não me pagaram, passei para o meu advogado”, lamentou Guga.
De posse da grana, o rubro-negro já ensaia reprisar a minissérie cujo último capítulo teria sido dado no início da semana. “Esse dinheiro nos permite tentar trazer Nadson novamente”, planeja Jorginho Sampaio, otimista que o setor financeiro, aliviado, avalize a contratação do atacante. Para isso, o clube deve aceitar pagar os bônus por produtividade exigido para a assinatura do contrato, o que aumenta, consideravelmente, as remunerações do atleta.
O empresário de Nadson é Guga, o que não seria empecilho na opinião do dirigente rubro-negro, nem do próprio Antonio Gustavo. “Essa dívida do Vitória comigo não tem nada a ver com Nadson”, pontuou. Informações do Correio d a Bahia